Prevalência das lesões nos órgãos-alvo associadas à hipertensão : significado clínico-epidemiológico do predomínio da pressão arterial sistólica
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Publication Date: | 1998 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10451/6640 |
Summary: | Conclusões 1- A repercussão da hipertensão nos órgãos-alvo, segundo alguns dos mais importantes indicadores, foi mais precoce e prevalente no coração (padrão de "sobrecarga" ventricular esquerda-10%; insuficiência cardíaca esquerda-8%) e no cérebro (sequelas neurológicas-6%) do que na retina (exsudados/hemorragias, edema papilar-3%) e no rim (creatinina > 1,4 mg/dl-3%). 2- O excesso de prevalência dos padrões electrocardiográficos atribuíveis à hipertensão foi o seguinte: 2% - Ondas Q; 12% - HVE; 11% - alterações do segmento ST; 19% - alterações da onda T; 1% - bloqueio de ramo esquerdo; 1% - bloqueio de ramo direito. 3- As alterações electrocardiográficas associadas à hipertensão (regressão múltipla) foram as seguintes: HVE; alterações da repolarização do segmento ST e da onda T; bloqueio do ramo esquerdo e direito. 4- O modelo diagnóstico que caracterizou os hipertensos revelou boas características de validade, confirmando a utilidade do ECG, mas com os critérios de HVE, iguais em ambos os sexos, é previsível uma menor especificidade no sexo masculino, excepto para o padrão de "sobrecarga ", seguramente com outro significado epidemiológico e clínico. 5- Nos hipertensos, a pressão sistólica demonstrou maior influência do que a pressão diastólica na repercussão electrocardiográfica, em qualquer dos métodos de análise multivariada, mas a análise factorial de corespondências retirou algum sentido à opção de desvalorizar ou prescindir da avaliação da pressão diastólica., isto é, o significado clínico da pressão sistólica e diastólica pode ser pouco diferente sobretudo para adultos jovens. 6- Nos estudos que incluam populações envelhecidas é provável que a determinação da pressão diastólica seja dispensável. 7- Para simplificar a classificação da hipertensão deve ser dada preferência aos valores sistólicos. |
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Prevalência das lesões nos órgãos-alvo associadas à hipertensão : significado clínico-epidemiológico do predomínio da pressão arterial sistólicaHipertensão arterial sistólicaEpidemiologiaHipertensão arterial diastólicaElectrocardiogramaConclusões 1- A repercussão da hipertensão nos órgãos-alvo, segundo alguns dos mais importantes indicadores, foi mais precoce e prevalente no coração (padrão de "sobrecarga" ventricular esquerda-10%; insuficiência cardíaca esquerda-8%) e no cérebro (sequelas neurológicas-6%) do que na retina (exsudados/hemorragias, edema papilar-3%) e no rim (creatinina > 1,4 mg/dl-3%). 2- O excesso de prevalência dos padrões electrocardiográficos atribuíveis à hipertensão foi o seguinte: 2% - Ondas Q; 12% - HVE; 11% - alterações do segmento ST; 19% - alterações da onda T; 1% - bloqueio de ramo esquerdo; 1% - bloqueio de ramo direito. 3- As alterações electrocardiográficas associadas à hipertensão (regressão múltipla) foram as seguintes: HVE; alterações da repolarização do segmento ST e da onda T; bloqueio do ramo esquerdo e direito. 4- O modelo diagnóstico que caracterizou os hipertensos revelou boas características de validade, confirmando a utilidade do ECG, mas com os critérios de HVE, iguais em ambos os sexos, é previsível uma menor especificidade no sexo masculino, excepto para o padrão de "sobrecarga ", seguramente com outro significado epidemiológico e clínico. 5- Nos hipertensos, a pressão sistólica demonstrou maior influência do que a pressão diastólica na repercussão electrocardiográfica, em qualquer dos métodos de análise multivariada, mas a análise factorial de corespondências retirou algum sentido à opção de desvalorizar ou prescindir da avaliação da pressão diastólica., isto é, o significado clínico da pressão sistólica e diastólica pode ser pouco diferente sobretudo para adultos jovens. 6- Nos estudos que incluam populações envelhecidas é provável que a determinação da pressão diastólica seja dispensável. 7- Para simplificar a classificação da hipertensão deve ser dada preferência aos valores sistólicos.Faculdade de Medicina de LisboaRepositório da Universidade de LisboaRocha, EvangelistaOliveira, A. GouveiaPádua, José M.Miguel, J. M. PereiraPádua, Fernando de2012-07-12T08:58:12Z19981998-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/6640porRevista FML III (3) 175-1940872-4059info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-17T12:52:42Zoai:repositorio.ulisboa.pt:10451/6640Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T02:30:01.951622Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Conclusões 1- A repercussão da hipertensão nos órgãos-alvo, segundo alguns dos mais importantes indicadores, foi mais precoce e prevalente no coração (padrão de "sobrecarga" ventricular esquerda-10%; insuficiência cardíaca esquerda-8%) e no cérebro (sequelas neurológicas-6%) do que na retina (exsudados/hemorragias, edema papilar-3%) e no rim (creatinina > 1,4 mg/dl-3%). 2- O excesso de prevalência dos padrões electrocardiográficos atribuíveis à hipertensão foi o seguinte: 2% - Ondas Q; 12% - HVE; 11% - alterações do segmento ST; 19% - alterações da onda T; 1% - bloqueio de ramo esquerdo; 1% - bloqueio de ramo direito. 3- As alterações electrocardiográficas associadas à hipertensão (regressão múltipla) foram as seguintes: HVE; alterações da repolarização do segmento ST e da onda T; bloqueio do ramo esquerdo e direito. 4- O modelo diagnóstico que caracterizou os hipertensos revelou boas características de validade, confirmando a utilidade do ECG, mas com os critérios de HVE, iguais em ambos os sexos, é previsível uma menor especificidade no sexo masculino, excepto para o padrão de "sobrecarga ", seguramente com outro significado epidemiológico e clínico. 5- Nos hipertensos, a pressão sistólica demonstrou maior influência do que a pressão diastólica na repercussão electrocardiográfica, em qualquer dos métodos de análise multivariada, mas a análise factorial de corespondências retirou algum sentido à opção de desvalorizar ou prescindir da avaliação da pressão diastólica., isto é, o significado clínico da pressão sistólica e diastólica pode ser pouco diferente sobretudo para adultos jovens. 6- Nos estudos que incluam populações envelhecidas é provável que a determinação da pressão diastólica seja dispensável. 7- Para simplificar a classificação da hipertensão deve ser dada preferência aos valores sistólicos. |
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