Why democracy is its own worst enemy?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabrita, Cristiano
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/41253
Resumo: Os desafios futuros que se colocam à democracia são tão graves que os cientistas políticos têm dificuldade (e coragem) em identificar com clareza o que vai acontecer nas próximas décadas. De facto, quando os termos “democracia” e “inimigo” são utilizados na mesma frase existe uma tendência natural, por parte daqueles que vivem nas sociedades democráticas do Ocidente, em procurar a fonte de todos os problemas fora da chamada “bolha democrática” ocidental. Ou seja, os “inimigos democráticos” – os nossos próprios inimigos – são criaturas mitológicas que vivem num horizonte longínquo. Na atualidade, esta linha de pensamento tem sido visível em torno do debate sobre a luta da democracia contra os seus “inimigos externos”. Esta asserção não é inédita, nem recente. Durante o período da Guerra-Fria fomentou-se a ideia de que a democracia estava em “guerra” com o comunismo e, antes disso, com o nacional-socialismo e fascismo. Recentemente, estes “inimigos externos” ganharam uma nova dimensão com a emergência do autoritarismo mundial, do terrorismo internacional, do extremismo religioso e do fundamentalismo islâmico. O problema é que esta asserção está errada. Ou, pelo menos, não está totalmente correta. Concretamente, segundo o argumento explanado neste artigo, a democracia é, em certa medida, a sua pior inimiga. Porquê? Porque a maioria das questões que estão hoje em dia a ser debatidas resultam de um elevado grau de inépcia, apatia, alheamento e desinteresse por parte das democracias liberais.
id RCAP_0dec0f26de080b531c2c5e8b906e3615
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/41253
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Why democracy is its own worst enemy?Política internacionalDemocraciaLiberalismoPerspectivasOs desafios futuros que se colocam à democracia são tão graves que os cientistas políticos têm dificuldade (e coragem) em identificar com clareza o que vai acontecer nas próximas décadas. De facto, quando os termos “democracia” e “inimigo” são utilizados na mesma frase existe uma tendência natural, por parte daqueles que vivem nas sociedades democráticas do Ocidente, em procurar a fonte de todos os problemas fora da chamada “bolha democrática” ocidental. Ou seja, os “inimigos democráticos” – os nossos próprios inimigos – são criaturas mitológicas que vivem num horizonte longínquo. Na atualidade, esta linha de pensamento tem sido visível em torno do debate sobre a luta da democracia contra os seus “inimigos externos”. Esta asserção não é inédita, nem recente. Durante o período da Guerra-Fria fomentou-se a ideia de que a democracia estava em “guerra” com o comunismo e, antes disso, com o nacional-socialismo e fascismo. Recentemente, estes “inimigos externos” ganharam uma nova dimensão com a emergência do autoritarismo mundial, do terrorismo internacional, do extremismo religioso e do fundamentalismo islâmico. O problema é que esta asserção está errada. Ou, pelo menos, não está totalmente correta. Concretamente, segundo o argumento explanado neste artigo, a democracia é, em certa medida, a sua pior inimiga. Porquê? Porque a maioria das questões que estão hoje em dia a ser debatidas resultam de um elevado grau de inépcia, apatia, alheamento e desinteresse por parte das democracias liberais.Instituto da Defesa NacionalRepositório ComumCabrita, Cristiano2022-07-04T11:14:38Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/41253eng0870-757Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-04-17T12:00:40Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/41253Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T06:27:24.430752Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Why democracy is its own worst enemy?
title Why democracy is its own worst enemy?
spellingShingle Why democracy is its own worst enemy?
Cabrita, Cristiano
Política internacional
Democracia
Liberalismo
Perspectivas
title_short Why democracy is its own worst enemy?
title_full Why democracy is its own worst enemy?
title_fullStr Why democracy is its own worst enemy?
title_full_unstemmed Why democracy is its own worst enemy?
title_sort Why democracy is its own worst enemy?
author Cabrita, Cristiano
author_facet Cabrita, Cristiano
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Cabrita, Cristiano
dc.subject.por.fl_str_mv Política internacional
Democracia
Liberalismo
Perspectivas
topic Política internacional
Democracia
Liberalismo
Perspectivas
description Os desafios futuros que se colocam à democracia são tão graves que os cientistas políticos têm dificuldade (e coragem) em identificar com clareza o que vai acontecer nas próximas décadas. De facto, quando os termos “democracia” e “inimigo” são utilizados na mesma frase existe uma tendência natural, por parte daqueles que vivem nas sociedades democráticas do Ocidente, em procurar a fonte de todos os problemas fora da chamada “bolha democrática” ocidental. Ou seja, os “inimigos democráticos” – os nossos próprios inimigos – são criaturas mitológicas que vivem num horizonte longínquo. Na atualidade, esta linha de pensamento tem sido visível em torno do debate sobre a luta da democracia contra os seus “inimigos externos”. Esta asserção não é inédita, nem recente. Durante o período da Guerra-Fria fomentou-se a ideia de que a democracia estava em “guerra” com o comunismo e, antes disso, com o nacional-socialismo e fascismo. Recentemente, estes “inimigos externos” ganharam uma nova dimensão com a emergência do autoritarismo mundial, do terrorismo internacional, do extremismo religioso e do fundamentalismo islâmico. O problema é que esta asserção está errada. Ou, pelo menos, não está totalmente correta. Concretamente, segundo o argumento explanado neste artigo, a democracia é, em certa medida, a sua pior inimiga. Porquê? Porque a maioria das questões que estão hoje em dia a ser debatidas resultam de um elevado grau de inépcia, apatia, alheamento e desinteresse por parte das democracias liberais.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016
2016-01-01T00:00:00Z
2022-07-04T11:14:38Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/41253
url http://hdl.handle.net/10400.26/41253
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv 0870-757X
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto da Defesa Nacional
publisher.none.fl_str_mv Instituto da Defesa Nacional
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833602689375666176