A Reorientação Estratégica da NATO - um futuro para a Aliança Atlântica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Gonçalo Manuel Soares
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/7103
Resumo: O fim da Guerra Fria conduziu a uma renovação da NATO, consagrada numa postura revigorada no sistema securitário internacional. A reconfiguração da Aliança Atlântica foi realizada de forma profunda, razão pela qual importa analisar de que modo a NATO se tem adaptado desde o fim da Guerra Fria e as vertentes nas quais se concretizou a sua evolução. Impulsionada pela orientação hegemónica norte-americana, a NATO desenvolve um projeto ambicioso de globalização securitária, sustentada no seu poder normativo e militar. Neste contexto, atribui enorme importância a relação que a Aliança dispõe com a Rússia e com a ambiciosa União Europeia. No que à Federação Russa diz respeito, é o alargamento do aparelho político-militar da NATO que perpetua a divergência de visões sobre a arquitetura securitária europeia, tornando-se num obstáculo a uma verdadeira parceria estratégica. No caso da relação transatlântica permanece também uma divisão de perspetivas centrada na tipologia de autonomia europeia a adotar. O fracasso do projeto global da NATO, em parte, criou condições para para a degradação do sistema unipolar norte-americano, aspeto oportunizado pela política revisionista e militarista russa e pelo crescimento chinês, e respetivas considerações estratégicas. A emergência de potências revisionistas acompanha a tendência de transição de um sistema internacional unipolar para um multipolar. É essencialmente a transição do sistema internacional que configura a adaptação político-militar da NATO. O apogeu da contestação do modelo euro-atlântico verificou-se com a invasão das Forças Armadas Russa à Ucrânia, fator de revitalização e projeção da Aliança, quer a nível político, quer a nível militar, pela mobilização dos aliados perante um perigo bem definido, representado por Moscovo e pelo regime de Putin, e pelas implicações estratégicas da eventual adesão da Finlândia e da Suécia. Contudo, o caráter multipolar da nova ordem internacional admite uma aproximação mais próxima das margens do Atlântico de forma a colmatar as adversidades impostas por um cenário geopolítico diverso e desconhecido em toda a história da Aliança Atlântica.
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