Conhecimento e utilização da contraceção de emergência em mulheres jovens estudantes do ensino superior

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Main Author: Ribeiro, Maria Isabel
Publication Date: 2014
Other Authors: Fernandes, António
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10198/11404
Summary: A contraceção pós-coital de emergência (CE) é o único método que pode ser utilizado após a relação sexual para prevenir a gravidez [1]. Não é considerado um método abortivo e não tem efeitos teratogénicos [1-2]. A sua eficácia é tanto maior quanto menor o tempo de administração após a relação sexual desprotegida. Assim, é recomendado que a toma da pílula seja efetuada nas primeiras 12 a 72 horas após a relação sexual. O mecanismo de ação da pilula do dia seguinte depende da fase do ciclo menstrual onde se encontre a mulher só sendo eficaz se ainda não tiver ocorrido a implantação do óvulo [3-4]. Objectivos: Avaliar o nível de conhecimento e a frequência de uso da contraceção de emergência em mulheres jovens estudantes do ensino superior; e, verificar se o nível de conhecimentos está correlacionado com a idade e o ano curricular frequentado. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, analítico, observacional e quantitativo que teve como base uma amostra probabilística aleatória simples constituída por 245 mulheres com idades compreendidas entre ao 18 e os 24 anos. Os dados foram recolhidos, aplicando um questionário anónimo de autopreenchimento, em contexto de sala de aula, no período de janeiro a março de 2014. Estas jovens frequentavam um curso da área científica da saúde. Resultados: O preservativo masculino foi o método contracetivo mais conhecido (100%), seguido do preservativo feminino (96,7%), dos métodos contracetivos hormonais orais (96,1%), da contraceção de emergência (91,4%) e do Diafragma (90,6%). Para a esmagadora maioria (95,9%), a escola foi principal fonte de informação. Das 234 jovens sexualmente ativas, 36,3% nunca recorreram à contraceção de emergência, 8,9% recorreram apenas 1 vez e as restantes recorreram mais do que uma vez (54,8%). A distribuição das jovens pelo nível de conhecimento foi o que se segue: 0,4% Mau; 25,7% Reduzido; 64,5% Médio; 9% bom e 0,4% Muito Bom. O teste de correlação de Spearman provou existirem correlações, estatisticamente, significativas, fracas e positivas entre o nível de conhecimento, a idade (Rs=0,134; p=0,034) e o ano curricular frequentado (Rs=0,187; p=0,003). Conclusão: Considera-se que o nível de conhecimento registado foi pouco satisfatório dado o nível de formação das jovens estudantes. A idade e o ano curricular frequentado mostraram estar correlacionados com o nível de conhecimentos sobre a contraceção de emergência. Estes resultados mostram a necessidade do reforço da formação dos futuros profissionais de saúde no que diz respeito aos métodos contracetivos.
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