Estudo da utilização de marcadores bioquímicos no diagnóstico de Sépsis

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Main Author: Farinha, Annabella
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.13/2282
Summary: A sépsis apresenta vários graus de gravidade. Pode provocar sinais e sintomas ligeiros ou poderá levar a choque, falência de múltiplos órgãos e até à morte. Apesar dos avanços na medicina, a sépsis continua a ser um problema comum em pacientes críticos, sendo uma das principais causas de morte nestes pacientes. Atraso no diagnóstico e início da terapia antibiótica aumenta a mortalidade e morbilidade, prolongando o internamento e tratamento, com os respetivos custos sócio-económicos associados. O seu diagnóstico por vezes pode ser desafiante. Sabendo que o organismo reage bioquimicamente às infeções bacterianas, a utilização de marcadores bioquímicos poderá ser vantajoso para auxiliar no diagnóstico de sépsis. Neste estudo foram doseados alguns marcadores bioquímicos comummente analisados no laboratório hospitalar, com o intuito de determinar se algum se adeque ao diagnóstico de sépsis. Para tal, foi doseado a concentração sérica de bilirrubina total (TBil), bilirrubina indireta (IBil), bilirrubina direta (DBil), procalcitonina (PCT), proteína C reativa (PCR) e lactato (LACT), em 100 indivíduos saudáveis, que constituiu o grupo controlo e 200 indivíduos distribuídos por quatro subgrupos, Septicémia (20 indivíduos), Sépsis (52 indivíduos), Sépsis grave (41 indivíduos) e Choque séptico (87 indivíduos), que constituiu o grupo patológico. A concentração sérica de TBil (2,95 ± 7,64 mg/dL), IBil (1,13 ± 1,76 mg/dL) e DBil (1,82 ± 5,96 mg/dL), PCT (35,26 ± 36,25 ng/mL) e de PCR (240,36 ± 120,25 mg/L) foram mais elevadas no subgrupo Sépsis grave. Quanto ao LACT, o subgrupo Choque séptico apresentou a concentração sérica mais elevada (5,11 ± 4,95 mmol/L). A percentagem de mortalidade aumentou de acordo com a severidade de sépsis. De entre os marcadores estudados, o melhor para a deteção de sépsis foi a PCR, que obteve uma sensibilidade de 100% e uma especificidade de 99,5%, seguido pela PCT, com uma sensibilidade de 100% e uma especificidade de 92,5%.
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