Assexualidade: factores de vulnerabilidade psicológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemos, Diana da Silva Couto Manero de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/8372
Resumo: A presente investigação procurou contribuir para a compreensão da Assexualidade, especificamente, pretendeu verificar se existiam diferenças significativas ao nível de crenças, personalidade e presença de psicopatologia entre pessoas Assexuais e pessoas não Assexuais, em suma procurou-se compreender quais os factores psicológicos que estão associados a esta área pouco explorada da variabilidade sexual. Um total 170 indivíduos do sexo feminino maiores de 18 anos participaram no estudo. Foram constituídos dois grupos: Grupo de Assexuais (n=85) (que se consideram assexuais) e Grupo de Controle (n=85) (mulheres não assexuais). Todos os participantes responderam a um questionário on-line que era constituído por: Questionário introdutório, Questionário das Crenças Sexuais Disfuncionais (SDBQ; P. Nobre, Pinto-Gouveia & Gomes, 2003), Breve Inventário de Sintomas (BSI; Derogatis & Spencer, 1982) e o NEO FFI (Costa e McCrae, 1992). Os resultados indicaram que as mulheres assexuais apresentam significativamente menor frequência de actividade sexual e maior grau de crença e prática religiosa comparativamente ao grupo de controlo. Relativamente às crenças sexuais, os dados indicaram que as mulheres assexuais apresentaram significativamente mais crenças sexuais disfuncionais (conservadorismo, desejo como pecado, crenças relacionadas com a idade, crenças relacionadas com a imagem corporal). No que concerne à personalidade, concluiu-se que as mulheres assexuais apresentaram níveis significativamente superiores na dimensão de neuroticismo e inferiores nas dimensões de extroversão e conscienciosidade. Finalmente os grupos não se distinguiram relativamente à presença de sintomatologia psicopatológica. De uma forma geral, os resultados obtidos sugerem que a assexualidade é independente de mecanismos psicopatológicos e que os traços de personalidade e as crenças sexuais podem funcionar como factores predisponentes para a sua manifestação.
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