Estilo de vida e Risco de Doenças Cardiovasculares

• Main Author: Ferreira, Paulo Alexandre Carvalho
• Publication Date: 2015
• Format: Other
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://repositorio.esenfc.pt/?url=jWrMZrK7
• topic: estilo de vida; Risco de Doenças Cardiovasculares

Introdução As doenças cardíacas isquémicas e os acidentes vasculares cerebrais são, segundo a organização mundial de saúde, as duas causas de morte com impacto mais significativo a nível mundial. Consciencializar a população para EVS é cada vez mais importante, podendo prevenir DCV's2. Cabe aos enfermeiros, enquanto agentes de educação em saúde, promover EVS e prevenir e controlar DCV's. Os rastreios e sessões de educação para a saúde são, assim, imperativos para toda a população. Objectivos Caracterizar o perfil de EV3 e o perfil sociodemográfico; Identificar fatores de risco tendo em conta os resultados da avaliação de parâmetros clínicos; Analisar as relações estatisticamente significativas entre os EV, os parâmetros clínicos e caracterização sociodemográfica; Promover comportamentos promotores da saúde e estilos/hábitos de vida saudáveis. Metodologia Inserido no projeto VCC4, realizou-se um estudo exploratório descritivo correlacional, de âmbito quantitativo numa amostra de 74 habitantes de Condeixa (adultos), sendo 41 do sexo feminino e 33 do sexo masculino, com idade média de 56,74±15,473, compreendidas entre os 18 e os 82 anos. Foi aplicado um instrumento de recolha de informação composto por uma caracterização sociodemográfica; antecedentes pessoais; a escala "Estilo de Vida Fantástico" de SILVA,A.; BRITO,I.; AMADO,J. (2013); e uma avaliação clínica (IMC5, PA6 , TA7 , FC8, Glicémia e Colesterol Total). Resultados Os participantes maioritamente vivem no meio rural e 81,1 % possui o 4ºano, 8,1% o ensino secundário e a licenciatura. A média global do EV avaliada pela escala "Estilo de Vida Fantástico" foi 89,55± 9.399, com score mínimo de 68 e máximo 110 pontos, considerando-se assim, o estilo de vida na sua média global "Bom". Em média os participantes não têm Diabetes (6,8% tem diabetes e 93,2% não tem) e não são hipertensos (60,8% não é hipertenso e 39,2% é), pelo que aquando a avaliação em média apresentavam valores de glicémia de 110,64±26,492mg/dL e valores médios de TAS9 de 133,36±16,059 mmHG e de TAD10 de 78,24±9,985mmHg. Em relação ao Colesterol, em média os participantes apresentam um baixo risco de vir a desenvolver DCV's, 173,28±74,252 e relativamente ao IMC, em média, apresentam sobrepeso 28,11±4,859. Há correlações significativas entre: EV e TA; entre IMC e PA, TA e Glicémia. Não há correlações entre as características sociodemográficas e os EV. Conclusões Estes resultados evidenciam que a população alvo encontram-se com um EV "Bom" e que existe uma relação estatisticamente positiva entre o EV e os parâmetros clínicos estudados, mas não existe relação estatistica entre as características sociodemográficas e os EV. Assim, devemos continuar a investir na reeducação das populações através de consulta de enfermagem, ensinos e aconselhamentos individualizado relativamente aos fatores supracitados, para existir uma diminuição das DCV's. Este estudo que insere-se no projecto VCC contribuirá para o planeamento de novos programas em saúde, nomeadamente prevenção e promoção de saúde cardiovascular, através de rastreios e Sessões de Educação para a Saúde. Palavras-chave - máximo de 15 palavras Estilo de Vida, IMC, Hipertensão Arterial, Diabetes, Colesterol, Doenças Cardiovasculares, Perímetro Abdominal Referências bibliográficas • FERREIRA, PAULO ALEXANDRE C. (2011). Enfermagem em cardiologia. Coimbra, (Dissertação de Doutoramento). • MAGALHÃES, C. P. (2013). Acessibilidade e utilização das fontes de informação sobre doenças cardiovasculares: percepção de doentes e profissionais de saúde. Dissertação de Mestrado- Universidade do Porto, Portugal • SILVA,A., BRITO,I. & AMADO,J. (2011) - Adaptação e validação do questionário "Estilo de Vida Fantástico": Resultados psicométricos preliminares. Revista de Enfermagem Referência, Série3, suplemento. P.650