Humanização dos cuidados de enfermagem numa unidade de cuidados intensivos de pediatria : perceção dos pais e dos enfermeiros
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Publication Date: | 2014 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/9490 |
Summary: | Uma Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos é o local ideal para tratar de crianças gravemente doentes, mas pode oferecer um dos ambientes mais agressivos, tensos e traumatizantes do hospital. Apesar do esforço que os enfermeiros possam realizar no sentido de humanizar os cuidados, esta é uma missão difícil, pois solicita atitudes contra um sistema tecnológico dominante. Este estudo teve como objetivo conhecer a opinião dos enfermeiros e dos pais das crianças internadas numa Unidade de Cuidados Intensivos de Pediatria perante a humanização do cuidar de enfermagem. Foi um estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório, descritivo e transversal. A recolha de dados decorreu entre os meses de março e maio de 2011 e como instrumentos de colheita de dados foram utilizados um questionário e uma entrevista semiestruturada. A amostra foi constituída por 37 participantes, dos quais 32 pais e 5 enfermeiros. A análise dos dados dos questionários mostrou que a totalidade dos pais reconheceu que os enfermeiros trataram com educação e respeito, manifestaram disponibilidade e simpatia e usaram uma linguagem compreensível. Os pais ficaram satisfeitos com os cuidados de enfermagem e com a relação estabelecida com os enfermeiros e maioritariamente reconheceram terem sido acolhidos pelo enfermeiro. Quanto ao acompanhamento do filho, muitos referiram que este foi facilitado, mas nem sempre motivado. No que concerne à análise de dados das entrevistas, para os enfermeiros a humanização é intrínseca à enfermagem, proporciona bem-estar, quer ao nível pessoal quer ao nível profissional. Num ambiente tenso e tecnológico, onde o reconhecimento profissional é expresso pela boa prestação técnica, os enfermeiros identificaram carência na humanização e a necessidade de melhorar as relações humanas. A flexibilidade, a disponibilidade, a transmissão de segurança e de esperança foram atitudes que os enfermeiros apontaram como indispensáveis à humanização dos cuidados à criança. Para os enfermeiros há intervenções como o acolhimento, a parceria de cuidados, o informar e explicar, o respeito pelo silêncio e a formação em humanização, como fundamentais para um cuidado humanizado à criança e família. |
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