Avaliação dos custos de produção de seis variedades tradicionais de oliveiras no Alentejo
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Publication Date: | 2020 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/35296 |
Summary: | Este trabalho teve como objetivo geral a determinação dos custos de produção de seis variedades de oliveiras (Olea europaea L.) tradicionais portuguesas cultivadas no Alentejo; a ‘Galega vulgar’, a ‘Azeiteira’, a "Cobrançosa’, a ‘Blanqueta’, a ‘Carrasquenha de Elvas’ e a ‘Cordovil de Serpa’, através do acompanhamento das respetivas contas de cultura, em olivais intensivos de regadio, em plena produção. Como objetivos específicos pretendeu-se caracterizar a estrutura e evolução dos custos ao longo de três anos (2016 a 2018) e comparar as diferenças de produtividade e de rendimento em azeite das variedades no mesmo itinerário técnico. Pretendeu-se, também, comparar a influência de diferentes itinerários técnicos nos custos de produção das variedades comuns a duas explorações. O estudo foi realizado em olivais de cinco explorações integradas no projeto OLEAVALOR, localizadas em Elvas, Monforte, Campo Maior e Serpa, designadas por empresas “A”, “B”, “C”, “D”, “E”, por razões de confidencialidade. Os resultados obtidos conduziram às seguintes considerações: (a) os custos de produção variam com a variedade e com a exploração, variando entre 1 035€/ha e 1 559€/ha; (b) o peso dos custos diretos é de 90,0%, onde a colheita com 29,6% é a operação com os custos mais elevados e diretamente relacionados com a mão-de-obra, que é o fator de produção com o maior peso na estrutura de custos; (c) a produção de azeite por hectare variou entre 454 kg/ha e 1 451 kg/ha, dependendo da variedade e da exploração; (d) os custos de produção do quilo de azeitona mantiveram-se estáveis para cada variedade, independentemente do itinerário técnico, variando entre 0,16€/kg para a ‘Cobrançosa’ e 0,32-0,35€/kg para a ‘Azeiteira’; (e) o custo do quilo do azeite variou no mesmo sentido, entre 1,2€/kg (‘Cobrançosa’) e 3,2-3,6€/kg (‘Azeiteira’). Verifica-se que é possível identificar no itinerário técnico destas variedades quais as operações culturais menos eficientes para tentar aumentar a sua eficiência, de modo a reduzir custos de produção por hectare e por quilo de azeitona e de azeite, com vista a tornar as variedades de oliveira portuguesas competitivas, assegurando a produção de um azeite nacional diferenciado e rentável para os olivicultores nacionais. |
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Este trabalho teve como objetivo geral a determinação dos custos de produção de seis variedades de oliveiras (Olea europaea L.) tradicionais portuguesas cultivadas no Alentejo; a ‘Galega vulgar’, a ‘Azeiteira’, a "Cobrançosa’, a ‘Blanqueta’, a ‘Carrasquenha de Elvas’ e a ‘Cordovil de Serpa’, através do acompanhamento das respetivas contas de cultura, em olivais intensivos de regadio, em plena produção. Como objetivos específicos pretendeu-se caracterizar a estrutura e evolução dos custos ao longo de três anos (2016 a 2018) e comparar as diferenças de produtividade e de rendimento em azeite das variedades no mesmo itinerário técnico. Pretendeu-se, também, comparar a influência de diferentes itinerários técnicos nos custos de produção das variedades comuns a duas explorações. O estudo foi realizado em olivais de cinco explorações integradas no projeto OLEAVALOR, localizadas em Elvas, Monforte, Campo Maior e Serpa, designadas por empresas “A”, “B”, “C”, “D”, “E”, por razões de confidencialidade. Os resultados obtidos conduziram às seguintes considerações: (a) os custos de produção variam com a variedade e com a exploração, variando entre 1 035€/ha e 1 559€/ha; (b) o peso dos custos diretos é de 90,0%, onde a colheita com 29,6% é a operação com os custos mais elevados e diretamente relacionados com a mão-de-obra, que é o fator de produção com o maior peso na estrutura de custos; (c) a produção de azeite por hectare variou entre 454 kg/ha e 1 451 kg/ha, dependendo da variedade e da exploração; (d) os custos de produção do quilo de azeitona mantiveram-se estáveis para cada variedade, independentemente do itinerário técnico, variando entre 0,16€/kg para a ‘Cobrançosa’ e 0,32-0,35€/kg para a ‘Azeiteira’; (e) o custo do quilo do azeite variou no mesmo sentido, entre 1,2€/kg (‘Cobrançosa’) e 3,2-3,6€/kg (‘Azeiteira’). Verifica-se que é possível identificar no itinerário técnico destas variedades quais as operações culturais menos eficientes para tentar aumentar a sua eficiência, de modo a reduzir custos de produção por hectare e por quilo de azeitona e de azeite, com vista a tornar as variedades de oliveira portuguesas competitivas, assegurando a produção de um azeite nacional diferenciado e rentável para os olivicultores nacionais. |
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