O papel do jornalismo público na revitalização da imprensa em Portugal : o caso da imprensa regional
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Publication Date: | 2012 |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.6/3958 |
Summary: | Como viabilizar, no contexto da imprensa regional em Portugal, a partir do caso da cidade da Guarda, uma praxis jornalística de profundidade, centrada naquilo que podemos designar por “Agenda do Cidadão”, onde o jornalista é entendido não apenas como “observador distanciado” da vida pública mas como “participante justo”, comprometido com a melhoria da participação, do debate e da deliberação públicas. Esta é a questão principal que o presente trabalho procura compreender, centrando o debate em redor da função social do jornalismo, num contexto de novos paradigmas comunicacionais, numa perspetiva de legitimação do seu papel na dinamização e fortalecimento de uma “cidadania ativa” e da deliberação democrática. O propósito desta tese consiste em investigar as condições práticas e metodológicas para implementar práticas jornalísticas inspiradas no chamado “jornalismo cívico” ou “público” - que emergiu nos Estados Unidos na década de 90 do século XX - cujos pressupostos filosóficos apontam para a criação de modelos informativos mais comprometidos com o reforço da capacidade deliberativa dos cidadãos. Equaciona-se se a imprensa deve (e pode no atual contexto de crise) ouvir mais ativamente a sua audiência, por meio de práticas jornalísticas, incluindo na sua agenda temas de “interesse público” por ela expressos. A mutação do espaço público contemporâneo, com alguns dos desafios que parecem conduzir os cidadãos a processos de “participação” e “deliberação” públicas, vem redefinir a geografia das relações simbólicas entre os media e os seus públicos. Mas como é hoje chamado o cidadão a “participar” e a compreender o seu papel de ator na sociedade civil? Não se defende que as práticas de jornalismo público constituam, só por si, a revitalização da indústria jornalística – que, presentemente, não atravessa em Portugal um dos seus melhores momentos. Mas podem favorecer outro tipo de relações e mediações, com base em agendas participativas, que potenciem a palavra coletiva, intervenções e iniciativas de fontes não oficiais, por norma arredadas dos enfoques mediáticos. Deseja-se apenas propor pistas para se repensar uma certa exigência democrática e cívica nos processos de diálogo social. |
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