A origem das espécies de exames complementares por selecção natural
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Publication Date: | 2012 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
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Summary: | A imagem duma transiluminação (APP Maio-Jun 2011, pg 111) recordou-me o que ia pensando ao ouvir a palestra do Rui Faria Pais - TÉCNICAS DIFERENCIADAS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM NEUROPEDIATRIA, no último Congresso de Pediatria. Pensei então que a ressonância magnética nuclear era a versão magnética nuclear da ecografia – a imagem obtida pelo eco de um fluxo de ondas - ultra-sónicas / magnéticas - polarizadas num corpo. E que a ecografia era a versão ultra-sónica e silenciosa da percussão, hoje quase desaparecida, quase tanto quanto o diálogo – ondas sonoras também quase sem uso e sem eco. O mecanismo da visão é semelhante - percebemos imagens pela luz reflectida na superfície de corpos iluminados por uma fonte extrínseca; quando fazermos incidir intencionalmente a luz – na endoscopia ou mais simplesmente ao tirar o melhor partido da luz ambiente quando tentamos ver a orofaringe ou a cor das escleróticas – aproximamo-nos ainda mais do modelo anterior. Por sua vez, a tomografia axial computorizada é a versão computorizada e tridimensional da radiografia – a imagem das sombras que raios X produzem ao atravessar tecidos. A transiluminação é o seu antecessor como também da oximetria transcutânea. Os antigos olhavam para a pele e para as orelhas dos doentes para, de modo semelhante, estimar o valor da hemoglobina. Tal como nos ensinou Hugling Jackson, na evolução do sistema nervoso central as novas estruturas não substituem as antigas antes as integram e complementam, assim será de esperar dos novos exames complementares. A ontogenia a recapitular a filogenia. |
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