[pt] A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO, OS CONFLITOS DELA RESULTANTES E AS RESISTÊNCIAS A ELA MANIFESTADAS: REFLETINDO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS PELOS HABITANTES DA PRAIA DO SONO

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Main Author: RAISSA DE SOUZA MARINHO
Publication Date: 2024
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.66574
Summary: [pt] A presente pesquisa tem como objetivo apresentar uma problemática que se vive fruto dos conflitos entre populações ditas tradicionais e a forma capitalista de produção do espaço, que carrega consigo, de forma inerente, contradições associadas ao seu processo de reprodução. Portanto, nesse trabalho são abordados os múltiplos eventos espaço-temporais frutos da expansão da produção capitalista do espaço que tensionam a trajetória da Praia do Sono numa lógica de fora para dentro, tendo como marco a abertura da rodovia Rio-Santos, que inaugura uma série de tensões na medida em que abre os caminhos para a territorialização do capital turístico-imobiliário em Paraty. Como consequência desse histórico de enfrentamento e tensões, percebemos a articulação com outros atores como elemento fundamental para lidar com os conflitos na Praia do Sono. Essa articulação amadurece, fortalecendo movimentos que se complementam na reafirmação do direito ao território e no fortalecimento da autogestão comunitária: a luta pela organização do turismo de base comunitária e pela conquista e construção da educação diferenciada. Buscamos evidenciar como esses dois movimentos de resistência mais recentes se apoiam na dimensão da memória, acionando as memórias de luta, dos enfrentamentos passados e de resgate e ressignificação dos saberes-fazeres-territorializados. Ainda, abordamos o fechamento do território realizado no ano de 2020 durante a pandemia da Covid-19, explicitando outro movimento de resistência que, embora tenha início, meio e fim, nos evidencia, junto aos outros, interessantes caminhos para refletir acerca da complexa relação entre comunidade tradicional, território, atividade turística, renda e autogestão. A pesquisa evidencia as potencialidades da ação coletiva no território caiçara da Praia do Sono em tempos passados e presentes, enquanto, simultaneamente, busca explicitar as tensões e transformações que expressam a contraditória e permanente luta por uma melhor integração à lógica de produção capitalista por parte da comunidade, que vem buscando uma melhor inserção à esse modo de produção à sua maneira, sem abrir mão de sua tradicionalidade, ainda que ressignificada. Sendo esse, enfim, o grande desafio que está posto, resultado que temos fruto da mesclagem de todos estes elementos, como estratégia utilizada pelos sujeitos sociais para se moverem nessa intrincada teia de relações, que se tornam cada vez mais complexas e de difícil distinção.
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spelling [pt] A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO, OS CONFLITOS DELA RESULTANTES E AS RESISTÊNCIAS A ELA MANIFESTADAS: REFLETINDO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS PELOS HABITANTES DA PRAIA DO SONO[en] THE CAPITALIST PRODUCTION OF SPACE, THE RESULTING CONFLICTS AND THE RESISTANCE MANIFESTED TO IT: REFLECTING ON THE EXPERIENCES LIVED BY THE INHABITANTS OF PRAIA DO SONO, PARATY/RJ[pt] RESISTENCIA[pt] CONFLITO[pt] PRAIA DO SONO[pt] CAICARA[pt] PRODUCAO DO ESPACO[en] RESISTANCE [en] CONFLICT[en] PRAIA DO SONO[en] CAICARA[en] SPACE PRODUCTION[pt] A presente pesquisa tem como objetivo apresentar uma problemática que se vive fruto dos conflitos entre populações ditas tradicionais e a forma capitalista de produção do espaço, que carrega consigo, de forma inerente, contradições associadas ao seu processo de reprodução. Portanto, nesse trabalho são abordados os múltiplos eventos espaço-temporais frutos da expansão da produção capitalista do espaço que tensionam a trajetória da Praia do Sono numa lógica de fora para dentro, tendo como marco a abertura da rodovia Rio-Santos, que inaugura uma série de tensões na medida em que abre os caminhos para a territorialização do capital turístico-imobiliário em Paraty. Como consequência desse histórico de enfrentamento e tensões, percebemos a articulação com outros atores como elemento fundamental para lidar com os conflitos na Praia do Sono. Essa articulação amadurece, fortalecendo movimentos que se complementam na reafirmação do direito ao território e no fortalecimento da autogestão comunitária: a luta pela organização do turismo de base comunitária e pela conquista e construção da educação diferenciada. Buscamos evidenciar como esses dois movimentos de resistência mais recentes se apoiam na dimensão da memória, acionando as memórias de luta, dos enfrentamentos passados e de resgate e ressignificação dos saberes-fazeres-territorializados. Ainda, abordamos o fechamento do território realizado no ano de 2020 durante a pandemia da Covid-19, explicitando outro movimento de resistência que, embora tenha início, meio e fim, nos evidencia, junto aos outros, interessantes caminhos para refletir acerca da complexa relação entre comunidade tradicional, território, atividade turística, renda e autogestão. A pesquisa evidencia as potencialidades da ação coletiva no território caiçara da Praia do Sono em tempos passados e presentes, enquanto, simultaneamente, busca explicitar as tensões e transformações que expressam a contraditória e permanente luta por uma melhor integração à lógica de produção capitalista por parte da comunidade, que vem buscando uma melhor inserção à esse modo de produção à sua maneira, sem abrir mão de sua tradicionalidade, ainda que ressignificada. Sendo esse, enfim, o grande desafio que está posto, resultado que temos fruto da mesclagem de todos estes elementos, como estratégia utilizada pelos sujeitos sociais para se moverem nessa intrincada teia de relações, que se tornam cada vez mais complexas e de difícil distinção.[en] This research aims to present a problem that is experienced as a result of conflicts between traditional populations and the capitalist form of space production, which inherently carries with it contradictions associated with its reproduction process.Therefore, in this work we approach the multiple space-time events resulting from the expansion of the capitalist production of space, which tension the trajectory of Praia do Sono in an extern logic, having as a milestone the opening of the Rio-Santos highway, which inaugurates a series of of tensions as it opens the way for the territorialization of touristic-imobiliary capital in Paraty. As a consequence of this history of confrontation and tensions, we perceive articulation with other actors as a fundamental element in dealing with conflicts in Praia do Sono. This articulation matures, strengthening movements that complement each other in the reaffirmation of the right to the territory and in the strengthening of community self-management: the fight for the organization of community-based tourism and for the conquest and construction of differentiated education.We want to show how these two more recent resistance movements are based on the dimension of memory, triggering memories of struggle, of past confrontations and of rescuing and redefining territorialized know-how. Furthermore, we address the territory closure movement carried out in 2020 during the Covid-19 pandemic, explaining another resistance movement that, although it has a beginning, middle and end, show us, along with others, interesting ways to reflect on the complex relationship between traditional community, territory, tourist activity, income and self-management. The research highlights the potential of collective action in the caiçara territory of Praia do Sono in past and present times, while simultaneously seeking to make explicit the tensions and transformations that express the contradictory and permanent struggle for better integration to the logic of capitalist production by the community , which has been seeking a better insertion into this mode of production in its own way, without giving up its traditionality, even if re-signified. This being, finally, the great challenge that is posed, a result that we have as a result of the merging of all these elements, as a strategy used by social subjects to move in this intricate web of relationships, which become increasingly complex and difficult to distinguish. 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