Fibrotic sequelae in pulmonary paracoccidioidomycosis: histopathological aspects in BALB/c mice infected with viable and non-viable Paracoccidioides brasiliensis propagules

Bibliographic Details
Main Author: COCK, Ana M.
Publication Date: 2000
Other Authors: CANO, Luz E., VÉLEZ, Diana, ARISTIZÁBAL, Beatriz H., TRUJILLO, Judith, RESTREPO, Angela
Format: Article
Language: eng
Source: Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Download full: https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/30410
Summary: Pacientes com paracoccidioidomicose apresentam, algumas vezes, fibrose pulmonar e exibem limitações respiratórias importantes. Baseados num modelo animal já estabelecido da micose, estudamos a possível contribuição de propágulos viáveis e não viáveis do Paracoccidioides brasiliensis ao desenvolvimento da fibrose. Assim, camundongos BALB/c, machos de 4 a 6 semanas de idade, foram inoculados intranasalmente com 4 x 10(6) conídios viáveis (Grupo I), ou com 6,5 x 10(6) fragmentos não viáveis de células leveduriformes (Grupo II). Animais controles (Grupo III) receberam unicamente PBS. Seis camundongos por período foram sacrificados 24, 48, 72h (inicial) e 1, 2, 4, 8, 12 e 16 semanas pós-inoculação (tardio). Os pulmões dos animais foram fixados, incluidos em parafina, cortados e corados com H & E, Tricrômico (Masson), reticulina e Grocott. Durante o período inicial houve afluxo importante de PMNs em ambos os grupos I e II, e a inflamação aguda comprometeu entre 34 a 45% dos pulmões. Depois, foram as células mononucleares as que predominaram. No grupo I, a inflamação progrediu e formaram-se granulomas os quais, às 12 semanas, ficaram confluentes e frouxos. Adicionalmente, se observaram fibras de colágeno tipo I muito densas em 66,6% e 83,3% dos animais após 8 e 12 semanas, respectivamente. As fibras do colágeno tipo III foram observadas nos animais a partir das 4 semanas pós-infecção, e 83% deles exibiram, às 12 semanas, alterações na sua distribuição e organização. Nos animais do grupo II o padrão foi diferente, pois mostraram diminuição gradual no número de focos inflamatórios e não houve formação dos granulomas. Embora animais deste grupo tivessem no período inicial pequenas alterações nas fibras de colágeno tipo I, estas desapareceram por volta da 4a semana. Os resultados indicam que a resposta tissular aos fragmentos de leveduras foi transitória, enquanto que os conídios induzem resposta inflamatória progressiva permitindo a formação de granuloma e um excesso na produção e desorganização dos colágenos I e III, permitindo finalmente a fibrose.
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Assim, camundongos BALB/c, machos de 4 a 6 semanas de idade, foram inoculados intranasalmente com 4 x 10(6) conídios viáveis (Grupo I), ou com 6,5 x 10(6) fragmentos não viáveis de células leveduriformes (Grupo II). Animais controles (Grupo III) receberam unicamente PBS. Seis camundongos por período foram sacrificados 24, 48, 72h (inicial) e 1, 2, 4, 8, 12 e 16 semanas pós-inoculação (tardio). Os pulmões dos animais foram fixados, incluidos em parafina, cortados e corados com H & E, Tricrômico (Masson), reticulina e Grocott. Durante o período inicial houve afluxo importante de PMNs em ambos os grupos I e II, e a inflamação aguda comprometeu entre 34 a 45% dos pulmões. Depois, foram as células mononucleares as que predominaram. No grupo I, a inflamação progrediu e formaram-se granulomas os quais, às 12 semanas, ficaram confluentes e frouxos. Adicionalmente, se observaram fibras de colágeno tipo I muito densas em 66,6% e 83,3% dos animais após 8 e 12 semanas, respectivamente. As fibras do colágeno tipo III foram observadas nos animais a partir das 4 semanas pós-infecção, e 83% deles exibiram, às 12 semanas, alterações na sua distribuição e organização. Nos animais do grupo II o padrão foi diferente, pois mostraram diminuição gradual no número de focos inflamatórios e não houve formação dos granulomas. Embora animais deste grupo tivessem no período inicial pequenas alterações nas fibras de colágeno tipo I, estas desapareceram por volta da 4a semana. Os resultados indicam que a resposta tissular aos fragmentos de leveduras foi transitória, enquanto que os conídios induzem resposta inflamatória progressiva permitindo a formação de granuloma e um excesso na produção e desorganização dos colágenos I e III, permitindo finalmente a fibrose. Patients with paracoccidioidomycosis often present pulmonary fibrosis and exhibit important respiratory limitations. Based on an already established animal model, the contribution of viable and non-viable P. brasiliensis propagules to the development of fibrosis was investigated. BALB/c male mice, 4-6 weeks old were inoculated intranasally either with 4x10(6 )viable conidia (Group I), or 6.5x10(6) fragmented yeast cells (Group II). Control animals received PBS. Six mice per period were sacrificed at 24, 48, 72h (initial) and 1, 2, 4, 8, 12 and 16 weeks post-challenge (late). Paraffin embedded lungs were sectioned and stained with H&E, trichromic (Masson), reticulin and Grocott´s. During the initial period PMNs influx was important in both groups and acute inflammation involving 34% to 45% of the lungs was noticed. Later on, mononuclear cells predominated. In group I, the inflammation progressed and granulomas were formed and by the 12th week they fussed and became loose. Thick collagen I fibers were observed in 66.6% and 83.3% of the animals at 8 and 12 weeks, respectively. Collagen III, thick fibers became apparent in some animals at 4weeks and by 12 weeks, 83% of them exhibited alterations in the organization and thickness of these elements. In group II mice, this pattern was different with stepwise decrease in the number of inflammatory foci and lack of granulomas. Although initially most animals in this group had minor alterations in thin collagen I fibers, they disappeared by the 4th week. Results indicate that tissue response to fragmented yeast cells was transitory while viable conidia evoked a progressive inflammatory reaction leading to granuloma formation and to excess production and/or disarrangement of collagens I and III; the latter led to fibrosis. Universidade de São Paulo. 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