Surto de Febre Amarela em bugios

Bibliographic Details
Main Author: Sallis, Eliza Simone Viégas
Publication Date: 2003
Other Authors: Garmatz, Shana Letícia, Fighera, Rafael Almeida, Barros, Vera Lúcia Reis Souza de, Graça, Dominguita Lühers
Format: Article
Language: eng
Source: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
Download full: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3740
Summary: A febre amarela é uma infecção aguda causada por um Flavivirus (VFA) transmitido por mosquitos, endemica nas regiões tropicais da América do Sul. O objetivo desta nota prévia é relatar a ocorrência de um surto da doença no Sul do Brasil. Durante os meses de outono de 2001, um surto de doença em bugios vitimou aproximadamente oitenta exemplares da espécie Alouatta fusca numa floresta no Oeste do Rio Grande do Sul (Santo Antônio das Missões e Garruchos). Os habitantes do lugar relataram que os animais caiam das árvores gravemente enfermos ou mortos. Os populares observaram que os animais tinham amarelamento acentuado da pele e mucosas visíveis. O cadáver de um dos bugios encontrados mortos foi necropsiado no Laboratório de Patologia Veterinária do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria. O animal era uma fêmea em mau estado corporal e as lesões observadas na necropsia consistiam em icterícia acentuada de mucosas, grandes vasos e órgãos internos. A bexiga continha urina amarelada com flocos esbranquiçados. Tecidos de vários órgãos foram incluídos em parafina e corados pela hematoxilina e eosina. Foi detectada necrose de coagulação massiva do fígado com degeneração gordurosa dos hepatócitos remanescentes, degeneração do epitélio tubular renal com cilindros hialinos na luz tubular, e necrose variável dos folículos linfóides do baço. As lesões foram sugestivas de febre amarela. Foi realizada imunoistoquímica de cortes histológicos de fígado e rim para detecção de antígenos do vírus da febre amarela (VFA). Foi usado um anticorpo policlonal de camundongo (diluição 1:1600) e um complexo comercial estreptadividina-fosfatase alcalina que reagiu com a biotina ligada ao anticorpo secundário. O teste foi positivo para antígenos do VFA e o diagnóstico de febre amarela em primatas foi formulado pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Sul.
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Os populares observaram que os animais tinham amarelamento acentuado da pele e mucosas visíveis. O cadáver de um dos bugios encontrados mortos foi necropsiado no Laboratório de Patologia Veterinária do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria. O animal era uma fêmea em mau estado corporal e as lesões observadas na necropsia consistiam em icterícia acentuada de mucosas, grandes vasos e órgãos internos. A bexiga continha urina amarelada com flocos esbranquiçados. Tecidos de vários órgãos foram incluídos em parafina e corados pela hematoxilina e eosina. Foi detectada necrose de coagulação massiva do fígado com degeneração gordurosa dos hepatócitos remanescentes, degeneração do epitélio tubular renal com cilindros hialinos na luz tubular, e necrose variável dos folículos linfóides do baço. As lesões foram sugestivas de febre amarela. Foi realizada imunoistoquímica de cortes histológicos de fígado e rim para detecção de antígenos do vírus da febre amarela (VFA). Foi usado um anticorpo policlonal de camundongo (diluição 1:1600) e um complexo comercial estreptadividina-fosfatase alcalina que reagiu com a biotina ligada ao anticorpo secundário. O teste foi positivo para antígenos do VFA e o diagnóstico de febre amarela em primatas foi formulado pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Sul.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. Santa Maria, RS, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. Santa Maria, RS, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. Santa Maria, RS, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. 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