ESPÉCIES CRÍPTICAS EM Paracoccidioides brasiliensis: IMPACTO NO IMUNODIAGNÓSTICO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado , GC
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Moris, DV, Arantes, TD, Silva, LRF, Theodoro, RC, Mendes, RP, Vicentini, AP, Bagagli, E
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online)
Texto Completo: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39701
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar se a utilização de diferentes preparações antigênicas obtidas a partir de espécies crípticas (S1, PS2 e PS3) de Paracoccidioides brasiliensis e de P. lutzii, poderiam alterar o padrão de reatividade do ensaio de imunodifusão dupla (ID) visando o diagnóstico da paracoccidioidomicose (PCM). Sabe se que um bom antígeno de P. brasiliensis deve apresentar em sua constituição antigênica  grandes quantidades de gp43 além de outras frações proteícas ou glicoproteícas. Entretanto dados da literatura têm demonstrado que isolados de P. lutzii encontrados especialmente na região centro-oeste do Brasil apresentam pequenas quantidades de gp43. Desta forma, foram avaliadas as preparações antigênicas obtidas de isolados distintos: Pb265 (S1), Epm83 (PS3) e, Pb01, Pb8334, Pb66 (P. lutzii). O perfil eletroforético do filtrado de cultura obtido do isolado Epm83 revelou grande quantidade de gp43 quando comparado aos isolados de P. lutzii. O padrão de reatividade das preparações antigênicas foi avaliado por ID frente a 71 amostras de soros de pacientes com paracoccidioidomicose da região endêmica de Botucatu, da região de Jundiaí e da região centro-oeste. Todas as amostras de soro foram avaliadas frente ao antígeno considerado padrão, PbB-339. Avaliando-se o padrão de reatividade verificou-se que o melhor desempenho foi observado para os antígenos Epm83 e PbB-339, sendo que o primeiro apresentou reconhecimento ligeiramente inferior ao antígeno padrão. Além disso, a preparação antigênica Epm83 mostrou-se capaz dediscriminar cinco amostras de soro de pacientes, com doença ativa, das cidades de Botucatu e Jundiaí, e que apresentaram ausência de reatividade frente ao antígeno padrão. Estes achados sugerem uma alternativa para o imunodiagnóstico da PCM especialmente em regiões onde as espécies S1 e PS2 podem ocorrer. Os dados também enfatizam que é não aconselhável a utilização de uma única preparação antigênica para diagnosticar uma doença causada por agentes de grande diversidade como a paracoccidioidomicose. Suporte Financeiro: CNPq.
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