A geopolítica da Rússia: uma análise através da geopolítica clássica e do choque de civilizações
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Publication Date: | 2015 |
Format: | Bachelor thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional do UniCEUB |
Download full: | https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/7076 |
Summary: | Com o fim da União Soviética em 1991, o mundo viveu um período de incerteza quanto ao futuro das relações internacionais. Por um lado, muitos acreditavam que a era dos conflitos havia terminado e que a queda do comunismo traria a vitoria definitiva dos valores liberais das democracias de mercado, dos Direitos Humanos e do individualismo. Por outro, muitos defendiam que as verdadeiras causas dos conflitos estavam ligadas a questões muito mais profundas da gênese das civilizações, indicando que os conflitos da nova era seriam no campo civilizacional, e não ideológico. Com a ascensão de Putin à presidência da Rússia no inicio do século e suas políticas nacionalistas, a Rússia voltou a ter protagonismo e relevância nas relações internacionais, algo que havia sido relativamente perdido durante a década 1990. As implicações da postura dos governos Putin e Medved e suas políticas externas regionais de reaproximação com as antigas repúblicas soviéticas fazem ressurgir os receios de novos conflitos envolvendo grandes potências. Nesse contexto, a presente pesquisa buscou explicar o comportamento da Rússia através dos conceitos da Geopolítica Clássica e da impactante obra pós-Guerra Fria O Choque de Civilizações. A partir de uma pesquisa historiográfica, analisou-se a formação e o comportamento da Rússia, desde a Rus de Kiev, passando pelo Império e pela União soviética até a Federação dos dias atuais. Através das teorias citadas foi possível observar que o comportamento russo pode ser explicado com base na sua posição geográfica e nos seus princípios civilizacionais e culturais. Nesse sentido, a Rússia tem demonstrado cada vez mais a sua "destinação" imperial, sua tendência ao tradicionalismo e à preservação de suas zonas de influência, se opondo aos valores ocidentais que hoje são tratados como universais e ignorando por vezes divisões políticas consideradas artificiais em detrimento de sua preservação civilizacional. |
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As implicações da postura dos governos Putin e Medved e suas políticas externas regionais de reaproximação com as antigas repúblicas soviéticas fazem ressurgir os receios de novos conflitos envolvendo grandes potências. Nesse contexto, a presente pesquisa buscou explicar o comportamento da Rússia através dos conceitos da Geopolítica Clássica e da impactante obra pós-Guerra Fria O Choque de Civilizações. A partir de uma pesquisa historiográfica, analisou-se a formação e o comportamento da Rússia, desde a Rus de Kiev, passando pelo Império e pela União soviética até a Federação dos dias atuais. Através das teorias citadas foi possível observar que o comportamento russo pode ser explicado com base na sua posição geográfica e nos seus princípios civilizacionais e culturais. Nesse sentido, a Rússia tem demonstrado cada vez mais a sua "destinação" imperial, sua tendência ao tradicionalismo e à preservação de suas zonas de influência, se opondo aos valores ocidentais que hoje são tratados como universais e ignorando por vezes divisões políticas consideradas artificiais em detrimento de sua preservação civilizacional.Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-08-12T16:27:35Z No. of bitstreams: 1 21117654.pdf: 2112155 bytes, checksum: ae60a0cc54fe9b0a714c24b56c61203c (MD5)Made available in DSpace on 2015-08-12T16:27:35Z (GMT). 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Com o fim da União Soviética em 1991, o mundo viveu um período de incerteza quanto ao futuro das relações internacionais. Por um lado, muitos acreditavam que a era dos conflitos havia terminado e que a queda do comunismo traria a vitoria definitiva dos valores liberais das democracias de mercado, dos Direitos Humanos e do individualismo. Por outro, muitos defendiam que as verdadeiras causas dos conflitos estavam ligadas a questões muito mais profundas da gênese das civilizações, indicando que os conflitos da nova era seriam no campo civilizacional, e não ideológico. Com a ascensão de Putin à presidência da Rússia no inicio do século e suas políticas nacionalistas, a Rússia voltou a ter protagonismo e relevância nas relações internacionais, algo que havia sido relativamente perdido durante a década 1990. As implicações da postura dos governos Putin e Medved e suas políticas externas regionais de reaproximação com as antigas repúblicas soviéticas fazem ressurgir os receios de novos conflitos envolvendo grandes potências. Nesse contexto, a presente pesquisa buscou explicar o comportamento da Rússia através dos conceitos da Geopolítica Clássica e da impactante obra pós-Guerra Fria O Choque de Civilizações. A partir de uma pesquisa historiográfica, analisou-se a formação e o comportamento da Rússia, desde a Rus de Kiev, passando pelo Império e pela União soviética até a Federação dos dias atuais. Através das teorias citadas foi possível observar que o comportamento russo pode ser explicado com base na sua posição geográfica e nos seus princípios civilizacionais e culturais. Nesse sentido, a Rússia tem demonstrado cada vez mais a sua "destinação" imperial, sua tendência ao tradicionalismo e à preservação de suas zonas de influência, se opondo aos valores ocidentais que hoje são tratados como universais e ignorando por vezes divisões políticas consideradas artificiais em detrimento de sua preservação civilizacional. |
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