Efeito do formaldeído na mucosa nasal de ratos (Rattus novergicus)

Bibliographic Details
Main Author: Filho, Nailton Passos Brito
Publication Date: 2024
Other Authors: Elias, Isabella Romano, Lima, Gabriela Paz Mendes de, Brito, André Victor do Nascimento, Brito, Anna Victória do Nascimento, Leal, Noelia Maria de Souza
Format: Article
Language: por
Source: Brazilian Journal of Health Review
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Summary: Introdução: O formol continua sendo uma das substâncias mais utilizadas para conservação de peças anatômicas nas faculdades da área da saúde do Brasil. Isso se deve principalmente ao seu excelente custo-benefício. No entanto, essa é uma questão bastante discutida no meio acadêmico, tendo em vista os possíveis efeitos maléficos do uso desse composto orgânico como forma de preservação e conservação dos cadáveres humanos. Os riscos para a exposição humana podem assumir particular importância, variando em função do tempo de exposição e da concentração. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos nocivos da exposição ao formaldeído na mucosa nasal em Rattus novergicus. Método: A pesquisa foi submetida e aprovada pela Comissão de Ética em Uso de Animais – CEUA/FACID. Foram utilizados 24 ratos Wistar, fêmeas, divididos em três grupos: um grupo controle e dois grupos experimentais. Os animais do grupo controle (GC) não foram expostos ao formol, enquanto os animais dos grupos experimentais foram expostos ao formaldeído por um período total de 90 dias, cinco vezes na semana, com duração de seis horas/dia. O grupo experimental 1 (GE1) foi submetido a uma concentração de 20-50 ppm de formol, enquanto o grupo experimental 2 (GE2) foi submetido a uma concentração de 80-100 ppm de formol. Para exposição ao formol, cada grupo experimental foi mantido em uma câmara de madeira de tamanho 100 X 44 X 44 cm, a qual encontrava-se hermeticamente fechada com uma tampa de vidro, dividida em compartimentos iguais por uma tela de aço. Após o período de exposição ao formol, realizou-se a eutanásia dos animais através da aplicação de anestésico e a posterior dissecação tecidual. As lâminas foram coradas pela Hematoxilina-Eosina (HE), para análise sob microscópio de luz. As mesmas foram, posteriormente, submetidas a análise histológica e observadas através de registro fotográfico. Em cada grupo foram descritos as alterações e os danos causados pela ação do formol na mucosa nasal. Resultados: O estudo demonstrou que a inalação de formol pode provocar uma reação inflamatória, podendo esta, ser acompanhada de alteração epitelial e hemorragia paranasal. Observou-se que em 50% dos ratos do GE1 e 33,3% dos ratos do GE2 foi verificada a presença de exsudato inflamatório, no entanto tal alteração não foi observada em nenhum momento do GC. Com relação à presença de hiperplasia na mucosa nasal, observou-se que 83,3% dos ratos do GE1 e 100% dos ratos do GE2 apresentaram esse dano, enquanto que o mesmo não foi observado em nenhum animal do GC.  Observou-se também a presença de hemorragia da mucosa nasal em apenas um animal do GE1. No entanto acredita-se que a mesma possa ter ocorrido no momento da eutanásia, não sendo, portanto, uma consequência recorrente da inalação do formaldeído. Conclusão: Conclui-se que a exposição ao formaldeído tem efeito danoso nos animais, uma vez que o mesmo mostrou ser capaz de induzir a formação de processo inflamatório na mucosa nasal, além de induzir o aparecimento de hiperplasia.
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