Relação entre número de consultas pré-natal, faixa de peso ao nascer, vitalidade neonatal e tipo de parto: aspectos epidemiológicos no estado de Alagoas de 2011 a 2021
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Summary: | Introdução: A qualidade do cuidado pré-natal é tida como preditora de melhores condições de nascimento, e questiona-se se o número de consultas de pré-natal está associado a melhores índices de peso adequado ao nascer e de vitalidade neonatal (registrada no Sistema de Informações de Nascidos Vivos – SINASC, como índice de Apgar no primeiro e no quinto minutos), bem como se há correlação entre o número de atendimentos, tipo de parto, idade e grau de instrução maternas. Objetivos: Demonstrar os dados sobre o número de consultas de pré-natal em Alagoas entre os anos de 2011 e 2021, comparando-os com as informações sobre peso ao nascer, vitalidade neonatal (escore de Apgar no primeiro e no quinto minutos), tipo de parto, idade e grau de instrução da mãe, discutindo-se sobre possíveis correlações entre esses elementos. Método: Trata-se de estudo epidemiológico ecológico, de caráter quantitativo e retrospectivo, observacional, descritivo e transversal. Foi utilizado o banco de dados do SINASC, vinculado ao DATASUS, assim como foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram consultados documentos públicos fornecidos pela Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde do Brasil e Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas. Para a discussão, utilizou-se para busca de referências as bases de dados Medline (via PubMed) e Scielo, Resultados: Foram registrados 561.375 nascidos vivos, dos quais aqueles com sete ou mais consultas de pré-natal no período contabilizaram 314.504 e aqueles com nenhuma a seis consultas de pré-natal totalizaram 243.331. Um total de 481.240 apresentou peso ao nascer entre 2.500g e 3.999g, enquanto 42.791 nasceram com até 2.499g e 33.706 nasceram com 4.000g ou mais. O Apgar do primeiro minuto foi 0 a 2 em 4.093 casos; 3 a 5 em 14.539; 6 a 7 em 44.625; e 8 a 10 em 476.366. O Apgar do quinto minuto foi 0 a 2 em 1.121 casos; 3 a 5 em 1.941; 6 a 7 em 6.781; e 8 a 10 em 529.384. O parto foi vaginal em 256.553 casos e cesáreo em 303.822. Foram registrados com mães entre 20 e 34 anos, 371.007 nascimentos e, com 35 a 69 anos, 54.590. Discussão: É possível observar menor tendência de baixo peso ao nascer quando se realizam mais consultas de pré-natal. Quanto maior o número de consultas, melhores tendem a ser as condições de vitalidade neonatal. Houve tendência ao parto cesáreo quando ocorreram mais atendimentos de pré-natal. Os dados epidemiológicos apontam para uma melhor assistência pré-natal a mães mais instruídas e que não estejam em extremos de idade. Conclusão: Um maior número de consultas pré-natais está associado a melhores resultados neonatais, como peso adequado ao nascer e índices de Apgar mais altos, além de uma proporção maior de partos cesáreos. A análise também aponta que mães com idades medianas e maior escolaridade tendem a ter melhor assistência pré-natal. O estudo ressalta que essas correlações não indicam causas diretas, mas levantam hipóteses para futuras investigações e possíveis melhorias na gestão de saúde. |
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Relação entre número de consultas pré-natal, faixa de peso ao nascer, vitalidade neonatal e tipo de parto: aspectos epidemiológicos no estado de Alagoas de 2011 a 2021cuidado pré-natalpeso ao nascerplanejamento familiargestão em saúdemedicina de família e comunidadeIntrodução: A qualidade do cuidado pré-natal é tida como preditora de melhores condições de nascimento, e questiona-se se o número de consultas de pré-natal está associado a melhores índices de peso adequado ao nascer e de vitalidade neonatal (registrada no Sistema de Informações de Nascidos Vivos – SINASC, como índice de Apgar no primeiro e no quinto minutos), bem como se há correlação entre o número de atendimentos, tipo de parto, idade e grau de instrução maternas. Objetivos: Demonstrar os dados sobre o número de consultas de pré-natal em Alagoas entre os anos de 2011 e 2021, comparando-os com as informações sobre peso ao nascer, vitalidade neonatal (escore de Apgar no primeiro e no quinto minutos), tipo de parto, idade e grau de instrução da mãe, discutindo-se sobre possíveis correlações entre esses elementos. Método: Trata-se de estudo epidemiológico ecológico, de caráter quantitativo e retrospectivo, observacional, descritivo e transversal. Foi utilizado o banco de dados do SINASC, vinculado ao DATASUS, assim como foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram consultados documentos públicos fornecidos pela Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde do Brasil e Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas. Para a discussão, utilizou-se para busca de referências as bases de dados Medline (via PubMed) e Scielo, Resultados: Foram registrados 561.375 nascidos vivos, dos quais aqueles com sete ou mais consultas de pré-natal no período contabilizaram 314.504 e aqueles com nenhuma a seis consultas de pré-natal totalizaram 243.331. Um total de 481.240 apresentou peso ao nascer entre 2.500g e 3.999g, enquanto 42.791 nasceram com até 2.499g e 33.706 nasceram com 4.000g ou mais. O Apgar do primeiro minuto foi 0 a 2 em 4.093 casos; 3 a 5 em 14.539; 6 a 7 em 44.625; e 8 a 10 em 476.366. O Apgar do quinto minuto foi 0 a 2 em 1.121 casos; 3 a 5 em 1.941; 6 a 7 em 6.781; e 8 a 10 em 529.384. O parto foi vaginal em 256.553 casos e cesáreo em 303.822. Foram registrados com mães entre 20 e 34 anos, 371.007 nascimentos e, com 35 a 69 anos, 54.590. Discussão: É possível observar menor tendência de baixo peso ao nascer quando se realizam mais consultas de pré-natal. Quanto maior o número de consultas, melhores tendem a ser as condições de vitalidade neonatal. Houve tendência ao parto cesáreo quando ocorreram mais atendimentos de pré-natal. Os dados epidemiológicos apontam para uma melhor assistência pré-natal a mães mais instruídas e que não estejam em extremos de idade. Conclusão: Um maior número de consultas pré-natais está associado a melhores resultados neonatais, como peso adequado ao nascer e índices de Apgar mais altos, além de uma proporção maior de partos cesáreos. A análise também aponta que mães com idades medianas e maior escolaridade tendem a ter melhor assistência pré-natal. O estudo ressalta que essas correlações não indicam causas diretas, mas levantam hipóteses para futuras investigações e possíveis melhorias na gestão de saúde.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-09-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6332310.34119/bjhrv6n5-290Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 5 (2023); 22615-22631Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 5 (2023); 22615-22631Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 5 (2023); 22615-226312595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63323/45564Santos, Gustavo Capitulino AraújoPinto, Artur DuarteSantos, Giovanni Capitulino AraújoRamos, Fernando Wagner da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-09-21T14:23:52Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/63323Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-09-21T14:23:52Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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