Cal dolomítica: o passado e o presente

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Antonio Santos
Publication Date: 2018
Format: Article
Language: por
Source: Ambiente construído (Online)
Download full: https://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/78779
Summary: A cal aérea é um ligante com grande durabilidade, como atestam inúmeros vestígios arqueológicos da época romana e não só. Quando é referido que uma determinada argamassa ou pintura mural foi executada com cal aérea, poucas vezes é descrito que ela é do tipo dolomítico. A escassez de referências a este tipo de ligante pode ser atribuída à menor disponibilidade de calcários dolomíticos. Porém, existem vários casos em Portugal, e em outros Países, da sua utilização que não parecem estar só associados aos principais recursos calcários. É reconhecido que em termos tecnológicos a sua produção requer menor temperatura de calcinação do que a necessária para a produção de cal calcítica. Este motivo, associado a propriedades de resistência à água, terá justificado o uso da cal dolomítica no passado, como atestam alguns exemplos de construções antigas, alguns dos quais são descritos brevemente neste artigo. Apesar desse passado, a cal dolomítica continua atualmente a ser desconhecida para a maioria dos membros da comunidade técnica e científica. Acresce que alguns resultados de caracterização são por vezes contraditórios, o que motiva algum receio da sua utilização. Este artigo visa desmistificar alguns preconceitos relacionados com uma eventual menor durabilidade da cal dolomítica, apresentando-se os mecanismos reacionais deste ligante e dos seus compostos de hidratação e de alteração, bem como alguns exemplos da utilização da cal dolomítica em monumentos Portugueses. Finalmente são apresentados resultados de caracterização física e mecânica deste ligante secular, que confirmam as suas características e que justificam o seu maior uso, nomeadamente em casos de conservação e restauro de argamassas em edificações históricas.
id ANTAC-1_ba5a17d8e63c636f85895d5c90e6f82c
oai_identifier_str oai:seer.ufrgs.br:article/78779
network_acronym_str ANTAC-1
network_name_str Ambiente construído (Online)
repository_id_str
spelling Cal dolomítica: o passado e o presentecal dolomíticaargamassasdurabilidadecaracterizaçãoA cal aérea é um ligante com grande durabilidade, como atestam inúmeros vestígios arqueológicos da época romana e não só. Quando é referido que uma determinada argamassa ou pintura mural foi executada com cal aérea, poucas vezes é descrito que ela é do tipo dolomítico. A escassez de referências a este tipo de ligante pode ser atribuída à menor disponibilidade de calcários dolomíticos. Porém, existem vários casos em Portugal, e em outros Países, da sua utilização que não parecem estar só associados aos principais recursos calcários. É reconhecido que em termos tecnológicos a sua produção requer menor temperatura de calcinação do que a necessária para a produção de cal calcítica. Este motivo, associado a propriedades de resistência à água, terá justificado o uso da cal dolomítica no passado, como atestam alguns exemplos de construções antigas, alguns dos quais são descritos brevemente neste artigo. Apesar desse passado, a cal dolomítica continua atualmente a ser desconhecida para a maioria dos membros da comunidade técnica e científica. Acresce que alguns resultados de caracterização são por vezes contraditórios, o que motiva algum receio da sua utilização. Este artigo visa desmistificar alguns preconceitos relacionados com uma eventual menor durabilidade da cal dolomítica, apresentando-se os mecanismos reacionais deste ligante e dos seus compostos de hidratação e de alteração, bem como alguns exemplos da utilização da cal dolomítica em monumentos Portugueses. Finalmente são apresentados resultados de caracterização física e mecânica deste ligante secular, que confirmam as suas características e que justificam o seu maior uso, nomeadamente em casos de conservação e restauro de argamassas em edificações históricas.ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído2018-10-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttps://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/78779Ambiente Construído; Vol. 18 No. 4 (2018): Edição especial sobre a Cal na Construção - V Jornadas Fical; 63-74Ambiente Construído; Vol. 18 Núm. 4 (2018): Edição especial sobre a Cal na Construção - V Jornadas Fical; 63-74Ambiente Construído; v. 18 n. 4 (2018): Edição especial sobre a Cal na Construção - V Jornadas Fical; 63-741678-86211415-8876reponame:Ambiente construído (Online)instname:Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC)instacron:ANTACporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/78779/50091Copyright (c) 2018 Ambiente Construídoinfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Antonio Santos2023-01-09T20:01:40Zoai:seer.ufrgs.br:article/78779Revistahttps://seer.ufrgs.br/ambienteconstruidoPUBhttps://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/oai||ambienteconstruido@ufrgs.br1678-86211415-8876opendoar:2023-01-09T20:01:40Ambiente construído (Online) - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC)false
dc.title.none.fl_str_mv Cal dolomítica: o passado e o presente
title Cal dolomítica: o passado e o presente
spellingShingle Cal dolomítica: o passado e o presente
Silva, Antonio Santos
cal dolomítica
argamassas
durabilidade
caracterização
title_short Cal dolomítica: o passado e o presente
title_full Cal dolomítica: o passado e o presente
title_fullStr Cal dolomítica: o passado e o presente
title_full_unstemmed Cal dolomítica: o passado e o presente
title_sort Cal dolomítica: o passado e o presente
author Silva, Antonio Santos
author_facet Silva, Antonio Santos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Antonio Santos
dc.subject.por.fl_str_mv cal dolomítica
argamassas
durabilidade
caracterização
topic cal dolomítica
argamassas
durabilidade
caracterização
description A cal aérea é um ligante com grande durabilidade, como atestam inúmeros vestígios arqueológicos da época romana e não só. Quando é referido que uma determinada argamassa ou pintura mural foi executada com cal aérea, poucas vezes é descrito que ela é do tipo dolomítico. A escassez de referências a este tipo de ligante pode ser atribuída à menor disponibilidade de calcários dolomíticos. Porém, existem vários casos em Portugal, e em outros Países, da sua utilização que não parecem estar só associados aos principais recursos calcários. É reconhecido que em termos tecnológicos a sua produção requer menor temperatura de calcinação do que a necessária para a produção de cal calcítica. Este motivo, associado a propriedades de resistência à água, terá justificado o uso da cal dolomítica no passado, como atestam alguns exemplos de construções antigas, alguns dos quais são descritos brevemente neste artigo. Apesar desse passado, a cal dolomítica continua atualmente a ser desconhecida para a maioria dos membros da comunidade técnica e científica. Acresce que alguns resultados de caracterização são por vezes contraditórios, o que motiva algum receio da sua utilização. Este artigo visa desmistificar alguns preconceitos relacionados com uma eventual menor durabilidade da cal dolomítica, apresentando-se os mecanismos reacionais deste ligante e dos seus compostos de hidratação e de alteração, bem como alguns exemplos da utilização da cal dolomítica em monumentos Portugueses. Finalmente são apresentados resultados de caracterização física e mecânica deste ligante secular, que confirmam as suas características e que justificam o seu maior uso, nomeadamente em casos de conservação e restauro de argamassas em edificações históricas.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-10-16
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/78779
url https://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/78779
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/78779/50091
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2018 Ambiente Construído
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2018 Ambiente Construído
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído
publisher.none.fl_str_mv ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído
dc.source.none.fl_str_mv Ambiente Construído; Vol. 18 No. 4 (2018): Edição especial sobre a Cal na Construção - V Jornadas Fical; 63-74
Ambiente Construído; Vol. 18 Núm. 4 (2018): Edição especial sobre a Cal na Construção - V Jornadas Fical; 63-74
Ambiente Construído; v. 18 n. 4 (2018): Edição especial sobre a Cal na Construção - V Jornadas Fical; 63-74
1678-8621
1415-8876
reponame:Ambiente construído (Online)
instname:Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC)
instacron:ANTAC
instname_str Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC)
instacron_str ANTAC
institution ANTAC
reponame_str Ambiente construído (Online)
collection Ambiente construído (Online)
repository.name.fl_str_mv Ambiente construído (Online) - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC)
repository.mail.fl_str_mv ||ambienteconstruido@ufrgs.br
_version_ 1824320726043197440