Fatores potencialmente associados à decisão de admissão à unidade de terapia intensiva em um país em desenvolvimento: um levantamento de médicos brasileiros
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000200154 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Avaliar os fatores potencialmente associados à decisão de admitir um paciente à unidade de terapia intensiva no Brasil. Métodos: Foi realizado um levantamento eletrônico de médicos brasileiros atuantes em unidades de terapia intensiva. Catorze variáveis consideradas potencialmente associadas à decisão de admitir um paciente à unidade de terapia intensiva foram pontuadas como importante (de 1 a 5) pelos participantes e, mais tarde, agrupadas como fatores "relacionados ao paciente", "relacionados à escassez" e "relacionados à administração". O ambiente de trabalho e as características do médico foram avaliados quanto à sua correlação com as pontuações dos fatores. Resultados: Durante o período do estudo, 125 médicos preencheram o formulário. Os escores dos fatores relacionados ao paciente foram pontuados, em termos de seu potencial para afetar as decisões, em um nível mais alto do que os fatores relacionados à escassez ou à administração, com média (mais ou menos o desvio padrão), respectivamente, de 3,42 ± 0,7, 2,75 ± 0,7 e 2,87 ± 0,7 (p < 0,001). O prognóstico da doença de base do paciente foi classificado em 64,5% pelos médicos como afetando sempre ou frequentemente as decisões, seguido por prognóstico da doença aguda (57%), número de leitos disponíveis na unidade de terapia intensiva (56%) e vontade dos pacientes (53%). Após o ajuste de fatores de confusão, o recebimento de treinamento específico em triagem para terapia intensiva se associou com escores mais elevados dos fatores relacionados ao paciente e à escassez, enquanto o fato de trabalhar em uma unidade de terapia intensiva pública (em oposição a trabalhar em uma unidade de terapia intensiva privada) se associou com gradações mais elevadas para fatores relacionados à escassez. Conclusões: Os fatores relacionados ao paciente foram classificados como tendo potencial de afetar as decisões de admissão à unidade de terapia intensiva mais frequentemente do que fatores relacionados à escassez ou à administração. As características do médico e do ambiente de trabalho se associaram com classificações diferenciais dos fatores. |
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Fatores potencialmente associados à decisão de admissão à unidade de terapia intensiva em um país em desenvolvimento: um levantamento de médicos brasileirosCuidados críticosTomada de decisõesAlocação de recursosUnidades de terapia intensivaRESUMO Objetivo: Avaliar os fatores potencialmente associados à decisão de admitir um paciente à unidade de terapia intensiva no Brasil. Métodos: Foi realizado um levantamento eletrônico de médicos brasileiros atuantes em unidades de terapia intensiva. Catorze variáveis consideradas potencialmente associadas à decisão de admitir um paciente à unidade de terapia intensiva foram pontuadas como importante (de 1 a 5) pelos participantes e, mais tarde, agrupadas como fatores "relacionados ao paciente", "relacionados à escassez" e "relacionados à administração". O ambiente de trabalho e as características do médico foram avaliados quanto à sua correlação com as pontuações dos fatores. Resultados: Durante o período do estudo, 125 médicos preencheram o formulário. Os escores dos fatores relacionados ao paciente foram pontuados, em termos de seu potencial para afetar as decisões, em um nível mais alto do que os fatores relacionados à escassez ou à administração, com média (mais ou menos o desvio padrão), respectivamente, de 3,42 ± 0,7, 2,75 ± 0,7 e 2,87 ± 0,7 (p < 0,001). O prognóstico da doença de base do paciente foi classificado em 64,5% pelos médicos como afetando sempre ou frequentemente as decisões, seguido por prognóstico da doença aguda (57%), número de leitos disponíveis na unidade de terapia intensiva (56%) e vontade dos pacientes (53%). Após o ajuste de fatores de confusão, o recebimento de treinamento específico em triagem para terapia intensiva se associou com escores mais elevados dos fatores relacionados ao paciente e à escassez, enquanto o fato de trabalhar em uma unidade de terapia intensiva pública (em oposição a trabalhar em uma unidade de terapia intensiva privada) se associou com gradações mais elevadas para fatores relacionados à escassez. Conclusões: Os fatores relacionados ao paciente foram classificados como tendo potencial de afetar as decisões de admissão à unidade de terapia intensiva mais frequentemente do que fatores relacionados à escassez ou à administração. As características do médico e do ambiente de trabalho se associaram com classificações diferenciais dos fatores.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2017-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000200154Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.29 n.2 2017reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20170025info:eu-repo/semantics/openAccessRamos,João Gabriel RosaPassos,Rogerio da HoraBaptista,Paulo Benigno PenaForte,Daniel Nevespor2017-07-05T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2017000200154Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2017-07-05T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
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