Mortes e internações por causas externas entre os idosos no Brasil: o desafio de integrar a saúde coletiva e atenção individual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gawryszewski,Vilma Pinheiro
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Jorge,Maria Helena Prado de Mello, Koizumi,Maria Sumie
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000100044
Resumo: OBJETIVOS: O envelhecimento da população vem sendo observado no Brasil e internacionalmente. Entretanto, o aumento da ocorrência de determinados agravos, entre os quais as causas externas (os acidentes e violências), deve ser objeto de preocupação. O objetivo desse estudo é analisar a morbi-mortalidade por causas externas nos indivíduos com 60 anos ou mais no Brasil, com vistas a subsidiar políticas de prevenção. MÉTODOS: Foram analisadas 13.383 mortes e 87.177 internações hospitalares de pessoas de 60 anos ou mais, por causas externas, realizadas pelo Sistema Público de Saúde, ocorridas em 2000, no Brasil. Os dados são provenientes do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH), disponibilizados pelo Ministério da Saúde. RESULTADOS: O coeficiente de mortalidade por causas externas dessa faixa etária é 92,1/100.000 (135,3/100.000 para os homens e 56,8/100.000 para as mulheres). Esses valores são mais altos que os da população geral, especialmente entre as mulheres. Os acidentes de transporte lideram essas causas (27,5% do total), com coeficiente de 25,3/100.000, 48,2% dessas vítimas eram pedestres. O coeficiente de mortalidade por homicídios é 9,5/100.000, valor quase três vezes menor que na população geral. As quedas ocupam o terceiro lugar na mortalidade: 14,0/100.000. A morbidade por causas externas tem perfil diverso: as quedas lideram as internações (48.940 internações - 56,1% do total). Entre as lesões, destacam-se as fraturas (52,8%), relacionadas especialmente com as quedas e os acidentes de transporte. CONCLUSÕES: Considera-se premente o estabelecimento de programas de prevenção voltados para a população idosa. As quedas devem merecer destaque. Tais propostas devem integrar as práticas da saúde coletiva e do cuidado individual.
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