Conservação auditiva: zumbido e modulação somática do zumbido no trabalhador exposto ao ruído

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Weber, Sandra Regina lattes
Orientador(a): Périco, Eduardo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
MU
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/124
Resumo: Tradicionalmente, zumbido no trabalhador exposto ao ruído tem sido relacionado à perda auditiva. Entretanto, as inúmeras possibilidades etiológicas e a interação do sistema auditivo com outros sistemas, como o sistema somatossensorial, somada ao impacto negativo que o zumbido pode causar, ampliam esta dimensão. Nesta perspectiva, o presente trabalho visa contribuir para o entendimento do zumbido e a correlação com perda auditiva, modulação somática do zumbido e repercussão na qualidade de vida de trabalhadores expostos ao ruído. Foi realizado estudo transversal e descritivo de trabalhadores expostos ao ruído e com percepção de zumbido, envolvendo entrevista, audiometria tonal, questionário Tinnitus Handicap Inventory e manobras somáticas para pesquisa da modulação do zumbido. De um total de 585 trabalhadores expostos ao ruído, em uma empresa do ramo alimentício, foi encontrada uma prevalência de zumbido de 7,2% (n=42), na faixa etária de 20 a 60 anos, tempo médio de exposição ao ruído de três anos e oito meses e tempo médio de percepção do zumbido de três anos e sete meses. Verificou-se predomínio da percepção de zumbido intermitente (88%), bilateral (53,4%), com início progressivo (66,7%), descrito como som único (85,7%). Um total de 50% dos trabalhadores com zumbido não apresentaram perda auditiva. Estresse, silêncio e barulho foram os fatores de piora mais citados. O zumbido interfere principalmente na concentração. Foi encontrada modulação somática do zumbido em 69% dos indivíduos. A Correlação de Spearman mostrou diferença significativa (p=0,0094) entre o tempo de exposição ao ruído e o tempo de percepção do zumbido nos indivíduos sem perda auditiva.