História antiga do planalto das araucárias, Rio Grande do Sul, Brasil - O Jê Meridional e o diálogo com o ambiente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fiegenbaum, Jones lattes
Orientador(a): Machado, Neli Teresinha Galarce lattes
Banca de defesa: Dalzochio, Marina Schmidt, Schneider, Fernanda, Laroque, Luis Fernando da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3304
Resumo: A borda Sul do Planalto das Araucárias, entre as bacias hidrográficas dos rios Forqueta/RS e Guaporé/RS, localizadas na porção centro/norte do estado do Rio Grande do Sul, têm se configurado numa região com intenso potencial arqueológico. Na última década, essa área, com altitudes superiores a 600m, foi alvo de pesquisas que apontaram a presença de sítios de estruturas subterrâneas e superficiais associados as populações Jê Meridionais. A área foi prospectada, escavada, datada e sua cultura material apresentada para a comunidade arqueológica, preenchendo uma lacuna sobre a pré-história do território brasileiro. A presente tese tem como objetivo compreender as características ambientais e arqueológicas da área pesquisada e quais as estratégias culturais desenvolvidas pelo Grupo Jê nessa interação. Priorizando a relação com as áreas úmidas, funcionalidades de instrumentos líticos, além do cultivo e manejo de plantas. A área trabalhada, permite agora, esmiuçar meandros e relações ambientais que não foram contempladas anteriormente. O espaço que antes era pouco conhecido, quanto ao sistema regional de assentamento em torno do tempo, lugar e função, pode agora revelar muito a respeito das interações com o meio ambiental. Como resultado, apresentamos a relação do Grupo Jê com as áreas úmidas, onde, numa perspectiva interdisciplinar, buscamos compreender a afinidade dos grupos Jê em estabelecer assentamentos com proximidade das áreas úmidas. Na escavação realizada no sítio RS-T-126, aplicamos um método de flotação inédita para o grupo abordado. Com metodologia específica, todo sedimento oriundo da intervenção arqueológica passou pelo processo de triagem na tentativa de recuperar macrovestígios vegetais que contribuem na identificação da dieta alimentar e manejos agroflorestais realizados pelo grupo. A análise do material lítico, oriundo das escavações já realizadas, apresentou uma nova interpretação da cultura material associada ao grupo Jê. Realizou-se uma revisão dos dados publicados, onde avançamos na interpretação do uso e aplicabilidade da cultura material associada ao grupo Jê.