Projetos de Pesquisa e Feiras de Ciências como espaços de metacognição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gewehr, Diógenes lattes
Orientador(a): Strohschoen, Andreia Aparecida Guimarães lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGEnsino;Ensino
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CH
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/2762
Resumo: A metacognição, em linhas gerais, é a reflexão da própria cognição, a tomada de consciência sobre conhecimentos, aprendizagens e limitações. Evocar o pensamento metacognitivo é resgatar da memória o que foi estudado, refletindo compreensões e incompreensões, monitorando o próprio pensamento. A presente tese tem como tema projetos de pesquisa e feiras de ciências como espaços potenciais para o aluno evocar o pensamento metacognitivo e (re)conhecer a própria aprendizagem. Em um sentido amplo, o objetivo geral foi reconhecer projetos de pesquisa e feiras de ciências como espaços de metacognição e autoconhecimento da aprendizagem. Este, foi subdividido em três objetivos específicos: 1) Analisar a percepção dos alunos pesquisadores por meio de evidências do pensamento metacognitivo, no que tange a aprendizagem decorrente da elaboração e desenvolvimento de projetos de pesquisa; 2) Discutir o entendimento dos alunos pesquisadores, mediante evidências do pensamento metacognitivo, quanto a compreensão das etapas dos projetos de pesquisa; 3) Evidenciar habilidades desencadeadas nos alunos pesquisadores, relacionadas a participação em projetos de pesquisa e feiras de ciências, potenciais espaços de metacognição. Minha justificativa para este estudo se deu em razão das modificações que vinha observando na conduta e desempenho dos alunos que haviam participado de projetos de pesquisa e feiras de ciências, e as relações que fiz com a metacognição, autoconhecimento e aprendizagem. Assim, elaborei a seguinte questão norteadora: Que evidências são perceptíveis em alunos participantes de projetos de pesquisa e feiras de ciências, de modo a reconhecer estes espaços como metacognitivos, favoráveis à aprendizagem? Na intenção de conhecer a percepção dos alunos referente as suas vivências nos espaços investigados, fiz uso de aproximações do método fenomenológico, com uma abordagem mista, tendo como principais sujeitos 133 alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Médio, participantes da 7a Feira de Ciências Univates, bem como dez professores orientadores. Os dados foram coletados com os alunos, mediante questionário em escala Likert, e com os professores, por meio de entrevista individual gravada, analisados pela estatística descritiva e expressos através de gráficos e vinhetas, discutidos em três categorias a priori. Dentre os resultados há evidências de intensa atividade do pensamento metacognitivo em favor da própria aprendizagem, tendo os alunos pesquisadores reconhecido suas facilidades, dificuldades e limitações. Quanto ao entendimento das etapas dos projetos de pesquisa, os alunos consideram, de modo geral, ter clareza da metodologia científica, apresentando dificuldades específicas. Os professores divergem, considerando o processo da pesquisa científica complexo ao aluno. Consideram que, se por um lado o encadeamento das ideias fica comprometido, por outro a aprendizagem é favorecida pela integração da teoria com a prática. Diversas foram as habilidades evidenciadas, entre elas: comunicação, postura, capacidade de síntese e planejamento, contribuindo para a autonomia do aluno. Pode-se inferir que projetos de pesquisa e feiras de ciências são espaços de metacognição e autoconhecimento da aprendizagem, oportunizando ganhos cognitivos aos envolvidos.