“Eles viram que o índio tem poder, né!” o protagonismo Kaingang da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh/Estrela diante do avanço desenvolvimentista de uma frente pioneira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Juciane Beatriz Sehn Da lattes
Orientador(a): Laroque, Luís Fernando da Silva lattes
Banca de defesa: Laroque, Luís Fernando da Silva, Machado, Neli Teresinha Galarce, Nötzold, Ana Lúcia Vulfe, Rosa, Rogério Reus Gonçalves Da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/1605
Resumo: Os Kaingang fazem parte das sociedades Jê e tradicionalmente ocupavam extensas áreas do Brasil Meridional. Delimitando como recorte espacial a Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh localizada no Vale do Taquari/RS, o trabalho objetiva analisar o protagonismo Kaingang da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh diante do avanço desenvolvimentista da rodovia BR-386, visando relacioná-lo ao fortalecimento da identidade indígena, à política de alianças das parcialidades Kaingang e a uma concepção diferente em torno das categorias “ambiente” e “desenvolvimento”. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e natureza descritiva. Dentre os procedimentos metodológicos, destaca-se a revisão bibliográfica sobre os Kaingang, bem como o levantamento e análise de fontes documentais que se encontram junto ao Ministério Público Federal de Lajeado e na Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul. Realizou-se também pesquisa de campo na Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, observações participantes com a elaboração de diários, registros fotográficos e entrevistas com base na metodologia de História Oral, tanto com indígenas quanto com funcionários de agências oficiais. Dentre os resultados obtidos, os quais foram analisados com base em teóricos de cultura, etnicidade, territorialidade e de fenômenos de fronteira, constata-se a articulação sociopolítica das Terras Indígenas situadas em territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, Sinos e Lago Guaíba/RS, impactadas direta ou indiretamente pelo projeto desenvolvimentista envolvendo a duplicação da BR-386, assim como evidencia-se o protagonismo Kaingang da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh na efetivação das medidas compensatórias e mitigatórias decorrentes dos Estudos de Impacto Ambiental da duplicação da BR-386, apontando para o fortalecimento da identidade étnica Kaingang.