Uso de recursos experimentais e computacionais para o desenvolvimento do pensamento metacognitivo no ensino de física

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Maman, Andréia Spessatto de lattes
Orientador(a): Quartieri, Marli Teresinha lattes
Banca de defesa: Rosa, Cleci Teresinha Werner da, Villagrá, Jesús Angel Meneses, Dullius, Maria Madalena, Gonzatti, Sônia Elisa Marchi
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGEnsino;Ensino
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CH
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3160
Resumo: Motivado para um ensino e uma aprendizagem que preparam indivíduos críticos, autônomos e atuantes na sociedade, o presente estudo analisou indícios de pensamento metacognitivo de alunos de Engenharia, na disciplina de Física I, quando desafiados a solucionarem situações-problema em que podem fazer uso de material experimental ou de simulação computacional. O referencial teórico abarca três pilares, estudos sobre metacognição, origem do termo e aplicações na sala de aula, as atividades experimentais e as simulações computacionais para o ensino de Física. A pesquisa foi realizada com dezesseis estudantes de Física I, de diferentes Cursos de Engenharia, de uma Universidade do Sul do país, por meio de uma prática pedagógica, organizada em três intervenções didáticas, utilizando roteiros-guia. A pesquisa de cunho qualitativo, do tipo descritiva, usou, para a coleta de dados, questionários respondidos tanto de forma escrita como oralmente, sendo posteriormente transcritos, e por diários de campo. A análise dos dados ocorreu por meio da elaboração de categorias a priori, usando características de ATD e atendendo aos objetivos específicos desta Tese. Como resultado, destaca-se a importância de se trabalhar com roteiros-guia que contenham: a) questões metacognitivas; b) objetivo claro para cada atividade proposta; c) promoção do uso de diferentes recursos; d) situações-problema próximos da realidade e conhecimento do aluno; e) apresentação de questões específicas do tema que está sendo explorado. Quanto ao recurso utilizado, a escolha também é um processo metacognitivo, pois o sujeito precisa avaliar as vantagens de um procedimento em relação a outro para essa situação com base em seus conhecimentos. Assim, ele planeja, regula e avalia qual o melhor caminho para a resolução da situação-problema seja por meio de um experimento, simulação ou outro recurso. Com esta pesquisa, foi possível compreender a metacognição como aliada à promoção dos processos de ensino e de aprendizagem, por meio de evidências de indícios do pensamento metacognitivo dos alunos participantes desse processo. Percebeu-se que, para a evocação do pensamento metacognitivo, é essencial a promoção de espaços para que os estudantes se autoconheçam, reflitam e pensem sobre seus conhecimentos como forma de aprimorar seu aprendizado. Além disso, verificou-se que os elementos metacognitivos (pessoa, tarefa, estratégia, planificação, monitoração e avaliação) precisam atuar juntos, pois se influenciam mutuamente no sentido de auxiliar na ativação do pensamento metacognitivo. Levar o aluno a refletir ao longo do processo de aprendizagem, promovendo o pensamento metacognitivo, é ensiná-lo a ser estratégico, aumentar sua consciência sobre as operações e decisões diante de um desafio ou escolha a ser feita, sendo autônomo. Portanto, é significativa a função do professor de orientar e fomentar o pensamento metacognitivo dos estudantes, estimulando-os a aprender a pensar de forma autônoma e crítica, não só no âmbito da escola e universidade, mas em relação a atitudes e estratégias para a vida.