Efeitos de produtos químicos permitidos em cultivos orgânicos de morangos sobre Phytoseiulus macropilis (Phytoseiidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cordeiro, Ariadne lattes
Orientador(a): Ferla, Noeli Juarez lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGSAS;Sistemas Ambientais Sustentáveis
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/2958
Resumo: O cultivo do morango é responsável por uma grande parcela da economia brasileira e gaúcha, e também pelo desenvolvimento social. Os Tetranychidae são reportados como praga primária no cultivo de morangos, destacando-se Tetranychus urticae (Koch). As principais famílias de ácaros predadores são: Anystidae, Bdellidae, Cheyletidae, Cunaxidae, Phytoseiidae e Stigmaeidae. Várias espécies de Phytoseiidae são utilizadas em programas de controle biológico aplicado em diversas culturas. Especialmente no controle de T. urticae, destacam-se Phytoseiulus persimilis Athias- Henriot, P. macropilis, P. longipes Evans, Galendromus (Metaseiulus) occidentalis Nesbitt e Neoseiulus californicus (McGregor). Muitos dos agroquímicos utilizados nas produções agrícolas possuem níveis tóxicos elevados, podendo causar problemas a saúde e até mesmo contaminação ambiental, além de serem produtos de alto valor monetário. Como alternativa, surge o controle biológico, processo que ocorre de forma natural com regulação da população de um determinado meio ambiente, onde estão inseridos animais e plantas considerados inimigos naturais. Produtos como calda bordalesa, calda sulfocálcica, enxofre, extrato pirolenhoso e neem têm seu uso permitido na agricultura orgânica. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo identificar o efeito dos agroquímicos permitidos em produções orgânicas sobre P. macropilis em cultivos de morango orgânico. Os testes foram realizados nas safras de 2019/2020 no Labacari da Univates. Foram utilizados cinco diferentes agroquímicos comumente utilizados na produção orgânica: calda bordalesa, calda sulfocálcica, enxofre, extrato pirolenhoso e neem. Os produtos foram diluídos em três concentrações diferentes. Para o grupo controle, foi utilizado água destilada como controle negativo e abamectina para o controle positivo. Os ácaros foram avaliados durante 192 horas. A mortalidade avaliada neste estudo apresentou taxa de 100% na maioria dos agroquímicos. As duas menores concentrações testadas de enxofre (200 ml/L e 300 ml/L) e extrato pirolenhoso (100 ml/L e 200 ml/L), apresentaram menor taxa de mortalidade (90-98%). Quanto ao efeito sobre a reprodução, os agroquímicos demonstraram-se prejudiciais na maioria das aplicações. Apenas nas aplicações de enxofre e extrato pirolenhoso, nas menores concentrações, foram moderadamente prejudiciais. Ficou claro neste trabalho que o predador não suporta a presença dos agroquímicos testados. Desta forma, o controle biológico aplicado com este P. macropilis não pode ocorrer concomitantemente ao uso destas substâncias, pois torna-o ineficaz.