Análise da formação de atletas no voleibol brasileiro sob a perspectiva da teoria bioecológica do desenvolvimento humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rother, Rodrigo Lara lattes
Orientador(a): Mejia, Margarita Rosa Gaviria lattes
Banca de defesa: Mejia, Margarita Rosa Gaviria, Tiggemann, Carlos Leandro, Bossle, Fabiano, Morigi, Valdir José
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/728
Resumo: Mesmo enfrentando um cenário adverso, o voleibol tem sido uma modalidade esportiva que obtêm sucesso não somente nos resultados conquistados no âmbito internacional, mas principalmente na formação de novos atletas e renovação das seleções nacionais. Este fenômeno é o tema da presente dissertação de mestrado, a qual objetiva analisar, sob a perspectiva da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, os fatores que determinam o surgimento e desenvolvimento das atletas que chegam a Seleção Brasileira de voleibol feminino de base. Para tanto, se fez uma revisão de literatura, uma análise teórico metodológica dos elementos analíticos da referida Teoria e entrevistas com 12 atletas da seleção feminina de base que representaram o país numa competição sulamericana, tendo seus discursos categorizados conforme os elementos subjacentes a Teoria citada. Os resultados foram discutidos com as ponderações encontradas na literatura e com as experiências que o pesquisador adquiriu ao longo de dezesseis anos atuando na área investigada. Percebeu-se nas falas das atletas que elas praticaram atividades diversificadas em sua infância tanto nos ambientes informais (como a turma de amigos da rua), quanto formais (em aulas de Educação Física e “Escolinhas Esportivas”). Estas atividades, mesmo não tendo uma organização sistematizada, proporcionaram de forma complementar o aumento do repertório motor e desenvolvimento de habilidades. Como as atletas apresentavam neste período da vida estatura superior as demais crianças da sua faixa etária e gosto por atividades competitivas, acabaram ingressando no voleibol motivadas por familiares, amigos, professores ou mesmo por iniciativa própria. A partir da evidência da sua estatura, força física e/ou habilidade específica para a prática do voleibol foram destacando-se das demais, o que chamou a atenção dos observadores da Seleção Brasileira que, somente nesta fase da formação da atleta, propõem pela primeira vez uma sistemática para avaliar e promover o ingresso na equipe nacional. Concluiu-se que, mesmo não existindo no Brasil uma sistemática de detecção, formação, seleção e promoção de talentos no esporte como o sugerido pela literatura em modelos de Treinamento de Longo Prazo (TLP), da grande quantidade de crianças que praticam voleibol que apresentam atributos pessoais significativos para a prática, a minoria as somarão a um ambiente familiar e esportivo adequado e a atividades que se complementem de alguma forma no desenvolvimento físico, psicológico, social e cognitivo da atleta. A aplicação de um modelo de TLP promoveria uma quantidade maior de talentos no esporte que possam chegar a Seleção Brasileira de voleibol de base.