Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cabral, Gustavo Chiari
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Orientador(a): |
Timmers, Luís Fernando Saraiva Macedo
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Banca de defesa: |
Alves, Alessandro Menna,
Silva, Guilherme Liberato da,
Bartholomay, Eduardo |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGCM;Ciências Médicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/3946
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Resumo: |
A estimulação cardíaca artificial (ECA) consiste em realizar um estímulo elétrico com intuito de capturar o músculo cardíaco, gerando assim uma contração ventricular. Esse estímulo é gerado por um dispositivo chamado de marcapasso (MP) artificial. Composto por cabos e gerador, é um dispositivo implantado cirurgicamente e, por via transvenosa, realiza o contato de uma das extremidades com o miocárdio do paciente, sendo responsável por identificar a atividade elétrica e realizar o estímulo sempre que necessário. Convencionalmente com a sua extremidade distal posicionada no ápice do ventrículo direito, o eletrodo estimula a porção mais distal dessa cavidade, contrariando a ativação fisiológica esperada; gerando assim, uma dessincronia mecânica da contração miocárdica. Essa estimulação cardíaca convencional corrige a disfunção elétrica e hemodinâmica causada pela queda da frequência cardíaca; no entanto, ocasiona um efeito mecânico deletério à função ventricular esquerda e consequentemente, dilatação ventricular e piora do débito cardíaco (DC). Tal mecanismo caracteriza a miocardiopatia associada à estimulação cardíaca artificial (MECA). Recentemente, técnicas para amenizar os efeitos deletérios da estimulação cardíaca foram desenvolvidas. Denominada de estimulação fisiológica, a estimulação com o eletrodo diretamente no sistema nativo de condução ventricular é capaz de mimetizar uma ativação ventricular fisiológica; proporcionando assim, menores disfunções elétricas e mecânicas e reduzindo a incidência de insuficiência cardíaca associada à estimulação artificial. O presente projeto de pesquisa avaliou por meio de um estudo de coorte retrospectivo, baseado em análise de prontuários, exames e funcionamento dos dispositivos, a indicação e o perfil clínico dos pacientes submetidos a implante de MP convencional em hospital de referência em cardiologia do interior do estado do Rio Grande do Sul e pacientes submetidos a implante de MP fisiológico em serviço de referência em ECA de Porto Alegre, no período de 01 de janeiro de 2019 até 28 de fevereiro de 2021. Foram analisadas as idades dos pacientes no momento do implante, o diagnóstico da doença de base, a função ventricular, a duração do QRS, as dimensões e volumes do ventrículo esquerdo e o percentual de estimulação ventricular, todas essas variáveis pré impante e após 1 ano do implante do MP. Os pacientes submetidos ao implante de MP convencional eram mais jovens (p=0,02), apresentaram-se com QRS mais alargado (p=<0,0001) e obtiveram 18% mais chance de obter um QRS alargado (p=0,01) Observou-se que paciente submetidos a implante de MP convencional tiveram mais estimulação ventricular. Contudo, a escolha do tipo de dispositvo implantável que melhor beneficia o paciente depende de algumas características clínicas e eletrocardiográficas, não sendo a técnica ainda indicada como tratamento de eleição a todos os pacientes que necessitem de estimulação artificial. |