Bioecologia de ácaros (Acari) associados a aves de postura de ovos comerciais no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Horn, Tamara Bianca lattes
Orientador(a): Ferla, Noeli Juarez lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/1595
Resumo: A produção intensiva de aves de postura em confinamento além de prejudicar o bemestar das aves, aumenta o risco de epidemias. As ectoparasitoses podem levar a baixa produtividade e diminuição da qualidade dos ovos, destacando-se ácaros hematófagos e os ácaros das penas. Espécies do gênero Megninia spp. causam danos por acarretar reações alérgicas com prurido, propiciando contaminações secundárias por bactérias e fungos. Este estudo objetivou avaliar a diversidade de ácaros associados a aves de postura em empresa avícola do estado do Rio Grande do Sul; identificar ao nível específico os espécimes encontrados e descrever as espécies desconhecidas pela ciência; construir uma chave dicotômica para identificação dos ácaros associados a aves de posturas no Rio Grande do Sul; conhecer as interações ecológicas da acarofauna; conhecer a biologia de Cheyletus malaccensis (Oudemans) alimentando-se de Megninia ginglymura (Mégnin) e Tyrophagus putrescentiae (Schrank); e, avaliar a preferência de M. ginglymura por diferentes regiões do corpo de galinhas poedeiras e sua dinâmica populacional. Para avaliação da diversidade foram amostrados aviários automatizados, semiautomatizados e com aves mantidas livres (“caipira”). Os ácaros foram coletados em penas, ninhos de aves silvestres abandonados e com o uso de armadilhas de cano de PVC entre agosto de 2013 e agosto de 2014. Em laboratório, os ácaros foram montados em lâminas em meio de Hoyer e identificados com auxílio de chaves dicotômicas. Uma espécie nova da família Pyroglyphidae foi descrita e uma chave dicotômica com a acarofauna associada a aves de postura do Rio Grande do Sul foi elaborada. As interações ecológicas de espécies entre si e com fatores climáticos foram estabelecidas a partir da correlação de Spearman (p<0.001). A biologia de C. malaccensis foi iniciada com 60 ovos isolados em unidades experimentais sendo 30 alimentados com M. ginglymura e 30 com T. putrescentiae. Os dados utilizados na construção de tabelas de vida de fertilidade. A preferência de M. ginglymura pelas diferentes regiões do corpo de galinhas poedeiras foi calculada através da abundância e prevalência. Um total de 38.862 ácaros pertencentes a 23 famílias e 39 espécies foram encontradas sendo a abundância e riqueza maiores nos sistemas semiautomatizados, caipira e por último nos automatizados. A chave dicotômica é a primeira que contempla as espécies relatadas no Rio Grande do Sul. Megninia ginglymura foi a espécie de importância sanitária sendo suas populações influenciadas pela temperatura. A região do dorso, cloaca, abdômen apresentaram maior abundância e prevalência e no pescoço e parte interna das asas. A espécie n. gen. et n. sp. foi descrita. Os predadores mais importantes foram C. malaccensis, Typhlodromus transvaalensis (Nesbitt), Blattisocius keegani (Fox) e B. dentriticus. Em laboratório, C. malaccensis alimentando-se de M. ginglymura resultou em maior taxa de fertilidade do que quando T. putrescentiae foi a presa testada. Cheyletus malaccensis foi considerado um inimigo natural de M. ginglymura.