Avaliação dos potenciais citotóxico e antiinflamatório dos extratos etanólico e hexânico da Calyptranthes grandifolia O.Berg em cultura celular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Delving, Luciana Knabben de Oliveira Becker lattes
Orientador(a): Goettert, Marcia Ines lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGBiotec;Biotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/833
Resumo: Na medicina tradicional, as plantas tem sido utilizadas para o tratamento de diversas doenças ao longo dos séculos e são consideradas uma das maiores fontes para o desenvolvimento de novas drogas. Com o objetivo de contribuir com o conhecimento cientifico no estudo e desenvolvimento de novas drogas procurou-se com este trabalho, identificaros principais constituintes fitoquímicosda Calyptranthes grandifolia, avaliar seus potenciais citotóxicos e antioxidantes e também identificar e avaliar o efeito terapêutico, através de vias específicas e já conhecidas por seu envolvimento no processo inflamatório, como o TNF- α. Para todos os experimentos, foram utilizados extratos etanólico e hexânico das folhas da C.grandifolia, coletada no entorno do município de Lajeado.Foi realizada a análise fitoquímica de esteroides/terpenoides, taninos, flavonoides, cumarinas, quinonas, alcaloides e saponinas, utilizando metodologias descritas na literatura. O potencial citotóxico in vitro foi avaliado pelo método de Alamar Blue, utilizando células não metabolizadoras CHO-K1 e a atividade antioxidante foi realizada pelo método2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). A análise da liberação do TNF-α utilizou células RAW 264.7, tratadas com os extratos vegetais e posterior estimulação com lipopolissacarídeo (LPS). A quantificação de liberação do TNF-α foi feita pelo método de ELISA. Os resultados dos ensaios indicaram a presença de esteroides/terpenoides, taninos e flavonoides no extrato etanólico. O potencial citotóxico, não apresentou citotoxicidade considerável no extrato etanólico e manteve a viabilidade celular aumentada na maioria das concentrações, com uma diminuição não significativa da viabilidade em 200 μg/mL, de forma semelhante para o extrato hexânico a redução da viabilidade celular pode ser observada somente na concentração de 200 μg/mL. A atividade antioxidante esteve presente apenas no extrato etanólico de maneira dose-dependente, com IC50 de 21.3±1.7μg/mL.O extrato etanólico também apresentou melhores resultados em relação à inibição do TNF-α, tendo sido significativa na concentração de 200 μg/mL, frente ao controle positivo (LPS). O extrato hexânico não apresentou inibição da liberação do TNF-α na concentração de 200 μg/mL de forma significativa quando comparada ao LPS. Os resultados deste estudo mostram indícios de atividades anti-inflamatórias nos extratos testados, havendo um melhor desempenho do extrato etanólico. A presença de polifenóis e esteroides/terpenoides encontradas neste extrato podem ser a resposta para uma melhor avaliação das atividades antioxidantes e anti-inflamatórias. Estudos futuros podem indicar um potencial anti-inflamatório promissor para esta planta, lembrando ainda que processos inflamatórios fazem parte do processo de carcinogênese, havendo portanto uma porta de entrada para maiores pesquisas avaliando o potencial anticâncer da C. grandifolia.