A espiral investigativa como uma estratégia de desenvolvimento da Alfabetização Científica nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lorenzon, Mateus lattes
Orientador(a): Silva, Jacqueline Silva da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGEnsino;Ensino
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CH
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/2485
Resumo: Em um contexto marcado pela onipresença da ciência e da tecnologia, a Alfabetização Científica tornou-se uma necessidade. Assim, conhecer minimamente termos e conceitos, reconhecer alguns de seus aspectos epistemológicos e conseguir empregá-la como um saber-emancipação tornou-se uma condição para o exercício da cidadania. No entanto, muitas das práticas de ensino ocorridas no contexto escolar ainda reforçam uma relação dogmática com as ciências e abordam a Ciência de modo dissociado do contexto social, cultural e econômico. Frente a isso, neste trabalho pretendo analisar de que modo a participação em projetos de investigação fomenta o desenvolvimento da Alfabetização Científica em crianças do 3o ano do Ensino Fundamental. O estudo, realizado com crianças do 3o ano do Ensino Fundamental de uma escola pública localizada em Arroio do Meio/RS, possui uma abordagem qualitativa e aproxima-se de uma pesquisa-ação. Os dados foram produzidos por meio de registros fotográficos, filmagens, entrevistas semiestruturadas e registros em Diário de Itinerância. Além disso, foram analisados os Diários Individuais de Investigação, Portfólios de Investigação e a Documentação Pedagógica decorrente das práticas pedagógicas. Por sua vez, a análise do corpus da pesquisa ocorreu mediante a aplicação da técnica de Análise Textual Discursiva. O desenvolvimento de investigações permite que as crianças elenquem temas que sejam decorrentes da sua curiosidade epistemológica e os estudem em profundidade. Observei que, no decorrer do processo investigativo as crianças buscam informações em múltiplas fontes, empregam estratégias para compreender as informações e envolvem-se em atividades práticas para obter dados utilizados em seus argumentos. Por fim, comunicam os seus achados para seus pares e demais membros da comunidade escolar por meio de múltiplos recursos. Diante disso, é possível inferir que o envolvimento em projetos investigativos potencializa o desenvolvimento de habilidades que caracterizam o indivíduo cientificamente alfabetizado e estimula as crianças a desenvolverem uma concepção mais crítica acerca do mundo que as cerca.