Criação de APAs no manancial de abastecimento público de Cianorte-PR: uma alternativa para a promoção do uso sustentável da bacia e a manutenção da qualidade do recurso hídrico
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campo Mourao |
Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5291 |
Resumo: | Este trabalho analisou a contribuição que a criação de Áreas de Proteção Ambiental - APAs na bacia hidrográfica do rio Ligeiro, envolvendo os municípios de Araruna e Cianorte (região noroeste do Paraná), pode ter para a conservação dos recursos hídricos. Este rio será utilizado, a partir de 2022, como novo manancial de abastecimento público de Cianorte. Foi empregado, como parâmetro metodológico, o estudo das APAs existentes nos mananciais de abastecimento do Ribeirão Araras, em Paranavaí-PR e do rio Piava, em Umuarama-PR. Depois de análises realizadas, por meio de documentos e entrevistas com os gestores, verificou-se que estas APAs representaram significativo avanço na conservação dos recursos hídricos pelas diversas ações implantadas nas bacias como reflorestamento e implantação de cerca nas Áreas de Proteção Permanente - APPs. A partir do estudo destas APAs, foram feitos levantamentos de dados e informações sobre as bacias hidrográficas do atual manancial de Cianorte no Ribeirão Bolívar e do futuro manancial, rio Ligeiro. Constatou-se que a área do manancial do rio Bolívar, que conta com 24,35 km² (da nascente até a Estação Elevatória de Água Bruta - EEB-1), apresenta problemas e riscos ambientais causados, principalmente, pela expansão urbana e a prática inadequada do manejo e uso do solo. Entre os principais problemas estão a degradação das APPs e a formação de processos erosivos, os quais têm provocado assoreamento e aumento do índice de turbidez em virtude da relação sistêmica que há entre os componentes ambientais (rochas, solos, água, vegetação, relevo e clima). Esta situação já comprometeu o abastecimento da população em 2015 e ainda representa um risco eminente de nova ocorrência, principalmente, em dias com altos índices de precipitação. Ainda, há a questão da outorga cuja vazão é menor que a recomendada. Em relação a bacia do rio Ligeiro, a área do manancial contará com 429,58km² da nascente até a futura EEB-2. Nesta área, foram identificadas algumas características naturais que favorecem o surgimento de erosão hídrica, como a predominância de solos arenosos, clima subtropical úmido, declividade que contribui para o escoamento das águas e potencial erosivo classificado como muito alto a alto. Por meio de imagens aéreas também foi possível verificar pontos de degradação da APP, uso e ocupação inadequado do solo, presença de indústrias com potencial de poluição, dentre outros. Considerando a necessidade de conservação das águas do futuro manancial de abastecimento público de Cianorte, este estudo propôs a criação de duas APAs na bacia do rio Ligeiro, sendo uma no município de Araruna com área de 209,76km² (margem esquerda) e uma no município de Cianorte com área de 219,82km² (margem direita). Acredita-se que a criação destas APAs poderá contribuir de forma significativa para a conservação dos recursos naturais e, principalmente, dos recursos hídricos tendo em vista a qualidade da água para que, no futuro, o rio Ligeiro não tenha o mesmo destino do ribeirão Bolívar. |