Avaliação do tratamento de efluente de indústria de celulose kraft por processo de bioaumentação com bactérias isoladas de lagoa aerada facultativa para remoção de compostos específicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nunes, Jackeline Valendolf lattes
Orientador(a): Xavier, Claudia Regina lattes
Banca de defesa: Xavier, Claudia Regina lattes, Couto, Gustavo Henrique lattes, Rodriguez, Soledad Chamorro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25541
Resumo: Neste estudo foi avaliado o tratamento do efluente Kraft por processo de bioaumentação com bactérias isoladas, selecionadas e cultivadas com capacidade de remover compostos específicos baseado em um sistema de tratamento por lagoa aerada facultativa (LAF). As LAFs foram operadas com carga orgânica volumétrica (COV) de 0,2 e 0,6 kg DQO m­3 d­1, chamadas de Fase I e Fase II respectivamente, por um período de 120 dias. Avaliouse a eficiência pela remoção de demanda bioquímica de oxigênio (DBO5), demanda química de oxigênio (DQO), carbono orgânico total (COT), cor, turbidez, compostos fenólicos totais (CFT) e compostos derivados de lignina. Além disso, foram realizadas análises de matriz de excitação e emissão de fluorescência (MEEF), do desenvolvimento da biomassa através dos sólidos suspensos totais e voláteis (SST e SSV), de ecotoxicidade aguda do afluente e efluente do tratamento e análise da diversidade microbiológica em termos de bactérias presentes nos sistemas. Foi possível observar que as remoções de matéria orgânica em termos de DBO5, DQO e COT foram eficientes nas duas fases, alcançando um total de 94%, 51% e 49% (Fase I) e 80%, 44% e 41% (Fase II) respectivamente. A cor e os CFT não foram expressivamente removidos durante o tratamento biológico. A turbidez teve remoção de 94% na Fase I e de 87% na Fase II. Contudo, os compostos derivados de lignina tiveram remoção média de 13% na Fase I e de 27% na Fase II. A partir da análise de MEEF observou­se a diminuição de intensidade de emissão de compostos fluorogênicos presentes nas amostras do efluente tratado. A biomassa atingiu uma razão SSV/SST de 0,67 na Fase I e de 0,62 na Fase II após 60 dias de operação em cada uma das lagoas. Não foi observada toxicidade aguda nas amostras industriais antes ou após o tratamento. Foram identificadas 9 espécies de bactérias na Fase I e 12 espécies na Fase II por similaridade estatística. Dos microrganismos identificados, os isolados ou combinados (Bacillus cereus, Bacillus thuringiensis e Paenibacillus glucanolyticus), ambos associados à biomassa, se mostraram eficientes apresentando remoção de cor em 69%, 48%, 38% e 45% respectivamente e CFT em 37%, 21%, 8% e 13% respectivamente. Esse desempenho superou aquele exclusivo da biomassa, indicando que as espécies Bacillus cereus, Bacillus thuringiensis e Paenibacillus glucanolyticus foram eficazes no tratamento de compostos específicos do efluente de celulose.