Avaliação do tratamento de efluente de indústria de celulose kraft por processo de bioaumentação com bactérias isoladas de lagoa aerada facultativa para remoção de compostos específicos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25541 |
Resumo: | Neste estudo foi avaliado o tratamento do efluente Kraft por processo de bioaumentação com bactérias isoladas, selecionadas e cultivadas com capacidade de remover compostos específicos baseado em um sistema de tratamento por lagoa aerada facultativa (LAF). As LAFs foram operadas com carga orgânica volumétrica (COV) de 0,2 e 0,6 kg DQO m3 d1, chamadas de Fase I e Fase II respectivamente, por um período de 120 dias. Avaliouse a eficiência pela remoção de demanda bioquímica de oxigênio (DBO5), demanda química de oxigênio (DQO), carbono orgânico total (COT), cor, turbidez, compostos fenólicos totais (CFT) e compostos derivados de lignina. Além disso, foram realizadas análises de matriz de excitação e emissão de fluorescência (MEEF), do desenvolvimento da biomassa através dos sólidos suspensos totais e voláteis (SST e SSV), de ecotoxicidade aguda do afluente e efluente do tratamento e análise da diversidade microbiológica em termos de bactérias presentes nos sistemas. Foi possível observar que as remoções de matéria orgânica em termos de DBO5, DQO e COT foram eficientes nas duas fases, alcançando um total de 94%, 51% e 49% (Fase I) e 80%, 44% e 41% (Fase II) respectivamente. A cor e os CFT não foram expressivamente removidos durante o tratamento biológico. A turbidez teve remoção de 94% na Fase I e de 87% na Fase II. Contudo, os compostos derivados de lignina tiveram remoção média de 13% na Fase I e de 27% na Fase II. A partir da análise de MEEF observouse a diminuição de intensidade de emissão de compostos fluorogênicos presentes nas amostras do efluente tratado. A biomassa atingiu uma razão SSV/SST de 0,67 na Fase I e de 0,62 na Fase II após 60 dias de operação em cada uma das lagoas. Não foi observada toxicidade aguda nas amostras industriais antes ou após o tratamento. Foram identificadas 9 espécies de bactérias na Fase I e 12 espécies na Fase II por similaridade estatística. Dos microrganismos identificados, os isolados ou combinados (Bacillus cereus, Bacillus thuringiensis e Paenibacillus glucanolyticus), ambos associados à biomassa, se mostraram eficientes apresentando remoção de cor em 69%, 48%, 38% e 45% respectivamente e CFT em 37%, 21%, 8% e 13% respectivamente. Esse desempenho superou aquele exclusivo da biomassa, indicando que as espécies Bacillus cereus, Bacillus thuringiensis e Paenibacillus glucanolyticus foram eficazes no tratamento de compostos específicos do efluente de celulose. |