Efeito do uso de recirculação de gases de exaustão (EGR) na contaminação do lubrificante e no desgaste de anel e camisa de motor de combustão interna com ciclo diesel
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2020 |
Resumo: | Com a tendência de regulamentações cada vez mais restritas para emissão de gases poluentes em veículos automotores, a utilização de sistemas de pós-tratamento dos gases de exaustão tem se intensificado. Um dos sistemas utilizados para redução dos níveis de emissão de NOx é o sistema de recirculação de gases de exaustão (EGR). Porém, o uso do EGR provoca uma alta formação de material particulado (fuligem), onde parte é direcionada para a câmera de combustão, contaminando o lubrificante e intensificando os mecanismos de desgaste. Vários estudos têm sido desenvolvidos para compreender estes efeitos e, embora se verifique um consenso nos resultados mais recentes, ainda existem várias hipóteses contraditórias e inconclusivas. Para avaliar a influência da contaminação por fuligem, uma bancada experimental foi desenvolvida e um motor diesel com taxas de 0%, 20%, 35% e 45% de EGR foi ensaiado. Verificações da influência do EGR nas características do motor, análises de óleo, verificações na variação de massa e nas dimensões dos anéis e camisa do motor e análises de rugosidade das superfícies em contato foram realizadas. Para observar os mecanismos de desgaste atuantes e a formação de filmes antidesgaste, utilizou-se o MEV/EDS. Através dos resultados, verificou-se que o aumento da taxa de recirculação aumenta a formação de fuligem e, que o aumento da temperatura dos gases recirculados, aumenta significativamente a concentração de fuligem no lubrificante. Foram observados mecanismos abrasivos nas superfícies em contato e a condição com a maior concentração de fuligem apresentou também indícios de desgaste por deslizamento. Ao longo dos ensaios, através da análise do lubrificante, observou-se certa influência da fuligem no consumo de metais de adição relacionados aos aditivos antidesgaste. Ademais, por meio das análises de EDS, baixas concentrações de elementos característicos de aditivos antidesgaste foram encontradas ao longo da superfície de contato, suportando assim a hipótese da influência das partículas de fuligem na formação de filmes antidesgaste. Como recomendações para trabalhos futuros, sugere-se a avaliação do efeito competitivo entre as partículas de fuligem e os aditivos na formação de filmes na superfície. |