Progresso genético da soja no Brasil quanto à caracteres fisiológicos e agronômicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Todeschini, Matheus Henrique lattes
Orientador(a): Benin, Giovani lattes
Banca de defesa: Storck, Lindolfo, Trezzi, Michelangelo Muzell, Unfried, Jair Rogerio, Benin, Giovani
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3061
Resumo: A soja (Glycine max L. Merrill) é uma das principais culturas produzidas a nível mundial, sendo utilizada nos mais diversos ramos da agroindústria por ser uma excelente fonte de óleo e proteína. A produtividade da cultura no Brasil tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas, passando de 1748 kg ha-1 na década de 1970, para 3362 kg ha-1 na safra 2016/17. Neste sentido, pesquisas com progresso genético de caracteres agronômicos e fisiológicos são de grande valia, pois podem indicar novos rumos para o melhoramento futuro da cultura. O objetivo deste estudo foi identificar o progresso genético em caracteres agronômicos e fisiológicos de soja, em uma série histórica de cultivares disponibilizadas para cultivo na região Sul do Brasil. Foram avaliadas 29 cultivares de soja, disponibilizadas para cultivo entre os anos de 1965 e 2011. Os experimentos foram conduzidos em Realeza-PR e Pato Branco-PR, na safra agrícola 2016/17. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com três repetições. As unidades experimentais foram constituídas de quatro linhas de cinco metros de comprimento, espaçadas 0,5 m entre linhas, e com densidade de semeadura de 35 sementes m-2. Os tratos culturais foram realizados de acordo com as recomendações técnicas para a cultura. Os resultados mostraram ganho genético de 39,42 kg ha-1 ano-1 na média dos locais. As cultivares modernas apresentam maior rendimento biológico (RB), índice de colheita (IC), número de vagens por planta (NVP), e altura da inserção da primeira vagem (AIPV), além de apresentarem menor número de ramos por planta (NRP), altura (AP), e score de acamamento (SA). Houve redução no período vegetativo das cultivares modernas, fazendo com que a relação entre os períodos reprodutivo e o vegetativo (R/V) fosse elevada. Também foi observado progresso genético para taxa fotossintética (Pn – r= 0,67**) e taxa de transpiração (Tr – r= 0,88**). No entanto, para os caracteres eficiência de uso da água (WUE) e condutância estomática (gs), não foram constatadas diferenças significativas. Dentre os caracteres avaliados, o RB, NVP, IC, R/V e o número de grãos por vagens (NGV), apresentaram as maiores associações com o rendimento de grãos (RG), além dos caracteres fisiológicos Pn, Tr, e índices de clorofila a e b (ICF a e b, respectivamente). Portanto, estratégias de melhoramento que maximizem a razão R/V, e que priorizem a seleção indireta através dos caracteres IC, RB e NVP, além dos caracteres fisiológicos Pn, Tr e ICF a e b, podem contribuir para o aumento do progresso genético da cultura nos próximos anos.