Óleos essenciais de espécies nativas de Myrtaceae: caracterização química e atividades antioxidante, antimicrobiana e citotóxica
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos Ponta Grossa |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27711 |
Resumo: | Espécies vegetais possuem grande importância no descobrimento de compostos bioativos com atividades antioxidante e biológica. Apesar da grande potencialidade que produtos naturais obtidos da Família Myrtaceae apresentam, número considerável de espécies nativas desse grupo ainda não foram estudadas de forma aprofundada. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou realizar a avaliação da composição química e das atividades antioxidante, antimicrobiana e citotóxica de óleos essenciais de quatro espécies da família Myrtaceae nativas da Mata Atlântica, incluindo Myrcia oblongata, Myrcianthes gigantea, Myrciaria tenella e Eugenia uniflora (óleo essencial de referência). A extração dos óleos essenciais foi realizada a partir das folhas frescas, por hidrodestilação, utilizando aparato de Clevenger. A composição química foi realizada através da técnica de Cromatografia Gasosa associada a Espectrometria de Massas. O potencial antioxidante foi estudado por meio das metodologias de captura dos radicais DPPH e ABTS, da avaliação do poder redutor via FRAP e da quantificação de compostos fenólicos totais. A avaliação da atividade antimicrobiana foi performada contra microrganismos patogênicos por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), bem como da avaliação das atividades bactericida e fungicida. A citotoxicidade sobre linhagem celular tumoral humana foi avaliada por meio do ensaio de viabilidade celular. Os rendimentos de extração obtidos foram de 0,015% até 0,817%, sendo que a composição química revelou a predominância de compostos terpênicos, incluindo α e β-pineno, D-limoneno, O-cimeno, β e γElemeno, β-Cariofileno e curzereno. O melhor potencial antioxidante foi evidenciado para o óleo essencial de E. uniflora pelos testes de DPPH, ABTS, FRAP e EC50, seguido por M. tenella (DPPH e EC50) e M. gigantea (ABTS). Os melhores potenciais antimicrobianos foram obtidos, respectivamente para, M. tenella, M. gigantea, E. uniflora e M. oblongata, com um amplo espectro de atividade inibitória alcançado sobre bactérias Gram-positivas e negativas, levedura e fungo filamentoso patogênicos. Foram constatados efeitos bactericida e fungicida, com destaque para M. tenella, a qual apresentou o maior espectro de atividade biocida, incluindo Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Salmonella enterica Typhimurium e Candida albicans (0,39 mg/mL). O teste de citotoxicidade sobre a linhagem de carcinoma adrenocortical humano (linhagem H295R) revelou que todos os óleos essenciais testados apresentaram efeito citotóxico, sendo as menores concentrações inibitórias obtidas para M. gigantea e E. uniflora (EC50 de 316,52 e 322,93 µg/mL, respectivamente), seguidas por M. tenella e M. oblongata (EC50 de 414,71 e 440,73 µg/mL), sendo demonstrado potencial antiproliferativo. Em conclusão, foi constada notável diversidade química de compostos orgânicos entre os óleos essenciais de espécies nativas de Myrtaceae, sendo obtida atividade antioxidante, antimicrobiana e citotóxica, elencando tais espécies como fontes promissoras de compostos bioativos. |