Fatores determinantes da adoção da tecnologia solar fotovoltaica residencial no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Franca Junior, Roberto Marques de lattes
Orientador(a): Nascimento, Thiago Cavalcante lattes
Banca de defesa: Mendonca, Andrea Torres Barros Batinga de lattes, Torres, Ricardo Lobato lattes, Nascimento, Thiago Cavalcante lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/23563
Resumo: A adoção da tecnologia solar fotovoltaica em escala residencial tem sido incentivada em diversos países, inclusive no Brasil, entretanto, ainda pouco se conhece sobre os padrões e fatores determinantes da adoção dessa tecnologia no contexto de países em desenvolvimento. Nesse sentido, o presente estudo pretende preencher esta lacuna, buscando identificar os fatores determinantes da adoção da tecnologia solar fotovoltaica residencial no Brasil. A população estudada no presente estudo foi constituída por 123.552 unidades de sistemas fotovoltaicos residenciais, adotados (e instalados) ao longo do período compreendido entre janeiro de 2014 a dezembro de 2019 e por unidade da federação, conforme a base de dados de outorgas e registros de Geração Distribuída da Agência Nacional de Energia Elétrica. A abordagem metodológica empregada é quantitativa, com corte longitudinal, tratamento estatístico dos dados e faz uso de um modelo longitudinal de regressão não-linear binomial negativo com efeitos fixos. Foi identificado que os fatores tarifa média de eletricidade, consumo médio mensal de eletricidade das famílias e incentivos existentes exercem impacto positivo sobre a adoção de sistemas fotovoltaicos residenciais pelas famílias. E das variáveis socioeconômicas relacionadas a cada unidade da federação, apenas a densidade habitacional desempenha impacto positivo na adoção dos sistemas fotovoltaicos residenciais, enquanto a taxa de desocupação não apresentou significância estatística e o rendimento domiciliar per capita exerce influência negativa sobre a adoção. Além disso, os resultados sugerem que a taxa de adoção dessa tecnologia não segue, necessariamente, os padrões espaciais de distribuição da população e da renda. Os resultados obtidos também sugerem que, no contexto brasileiro, as famílias procuram instalar sistemas fotovoltaicos residenciais com o objetivo de reduzir suas contas mensais de energia elétrica. Contudo, o impacto negativo exercido pelo rendimento domiciliar per capita e o efeito positivo dos incentivos indicam que estes últimos são necessários para aumentar a taxa de adoção dessa tecnologia no país.