Qualidade física e matéria orgânica do solo em sistema de integração lavoura - pecuária submetido a doses de nitrogênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Paier, Cristiane Dalagua lattes
Orientador(a): Conceição, Paulo Cesar lattes
Banca de defesa: Girardello, Vitor Cauduro, Sartor, Laércio Ricardo, Sandini, Itacir Eloi, Conceição, Paulo Cesar
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1725
Resumo: O pisoteio dos animais favorece o processo de compactação do solo em áreas de Integração Lavoura Pecuária. Essa compactação apresenta efeitos negativos, dificultando o desenvolvimento de raízes, a disponibilidade de nutrientes, água e aeração, ocasionando perdas na produção, tornando-se indispensável à avaliação dos atributos físicos do solo para o monitoramento da qualidade do solo. A matéria orgânica do solo pode ser utilizada para avaliar a qualidade do solo, por apresentar relação com os atributos químicos, físicos e biológicos do solo. Sistemas de manejo conservacionistas com o plantio direto, juntamente com sistemas de integração entre lavoura e pecuária estão sendo utilizados para manter e até mesmo aumentar os teores de matéria orgânica do solo. Para avaliar estas questões está instalado na cidade de Guarapuava, PR, desde 2006, um experimento de integração lavoura – pecuária com ovinos, sob um Latossolo Bruno álico com textura argilosa, sob um clima classificado como Cfb. O estudo teve objetivo avaliar os atributos físicos do solo e quantificar o estoque de carbono orgânico do solo e sua compartimentalização em sistema submetido a quatro doses de N (0, 75, 150 e 225 kg ha-1) na pastagem de inverno, formada pelo consórcio de aveia preta (Avena strigosa) e azevém comum (Lolium multiflorum) e o efeito do pastejo (com e sem). As avaliações de densidade, porosidade total, macroporosidade, microporosidade, agregação e estoques de carbono foram realizadas em duas fases: Fase pecuária (após a saída dos animais da área) e fase lavoura (após o cultivo de milho). As coletas das mostras de solo foram realizadas nas camadas de 0-0,5, 0,05-0,10, e 0,10-0,20 m. Os dados foram submetidos à análise de variância e as hipóteses testadas pelo teste F (p<0,05). Para os dados de efeito quantitativo foram realizadas análises de regressão e os de efeito qualitativo utilizou-se o teste de médias. Nas regressões não significativas utilizou-se a média dos tratamentos e o desvio padrão. O pisoteio animal ocasionou um aumento na densidade do solo na camada de 0,10-0,20 m. A dose de 225 kg de N ha-1 na pastagem de inverno aumentou a porosidade total do solo em 8% em relação a dose 0 kg de N ha-1 na fase lavoura. O pastejo não influenciou na macroporosidade do solo. O Diâmetro médio geométrico dos agregados na fase após pastejo na camada superficial foi prejudicado pelo pastejo. As doses de nitrogênio aplicadas na pastagem de inverno e o pastejo não influenciam nos estoques de carbono orgânico total (COT) e que também não é influenciado pelas doses de nitrogênio aplicadas na pastagem. O pastejo aumenta o estoque de carbono orgânico particulado (COP) na camada de 0,10-0,20 m na fase pecuária e causa no estoque de COP na camada de 0-0,5 m na fase lavoura. O carbono associado aos minerais (CAM) não é influenciado pelas doses de N aplicadas na pastagem, nem pelo pastejo.