Características das emissões na faixa do extremo ultravioleta (EUV) durante uma explosão solar classe X8.2 ocorrida no limbo solar
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Física e Astronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26672 |
Resumo: | Explosões solares são definidas observacionalmente por um aumento da emissão em diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético. Neste trabalho investigamos as características da emissão na faixa do EUV, associada a uma explosão solar X8.2 que ocorreu próxima ao limbo solar no dia 10 de setembro de 2017. O evento consta na base de dados HEK como tendo início às 15:35:00 UT e pico de emissão às 16:06:00 UT. Ele está associado à região ativa NOAA 12673, inicialmente classificada como tipo alfa conforme as regras de classificação da complexidade magnética de Mt. Wilson. Ao cruzar o centro do disco solar sua complexidade magnética passou para beta-gama. Imagens no contínuo mostram que a região está associada a um grupo de manchas solares de formato irregular, e medidas do campo magnético indicam que a região é composta por polaridades positivas e negativas, formando mais de uma linha de inversão de polaridade. A inspeção das imagens em EUV para um período que vai das 13:00:00 UT às 19:00:00 UT indica que o plasma está confinado numa estrutura de campo magnético complexa, com arcos magnéticos conectando diferentes regiões da superfície solar e evoluindo quase estaticamente até início da explosão. Após, o campo magnético passa a evoluir dinamicamente formando uma estrutura de arcos pós explosão. Nas imagens é possível identificar a ocorrência de um jato de plasma antecedendo a explosão e, nos filtros em 94 e 131 Å, é observada a presença de estrutura filamentar, a qual pode estar associada à presença de uma lâmina de corrente. As curvas de luz obtidas a partir das imagens apresentam um aumento inicial na emissão em torno das 15:45:00 UT, associada ao jato de plasma, seguido de um aumento abrupto na emissão com o primeiro pico em torno das 16:07:00 UT. A análise de ondaleta da curva de luz indica o aparecimento de oscilações de curto período durante a explosão, sugerindo que sobreposto a uma fonte contínua de emissão existe uma componente pulsada que atua desde o aparecimento do jato até o início da fase de decaimento da emissão EUV. A evolução temporal do perfil vertical médio de emissão mostra que inicialmente as fontes de emissão aparecem na baixa atmosfera solar, posteriormente se deslocando para regiões mais altas e atingindo uma altitude final em torno de 42 Mm a partir da superfície do Sol. O deslocamento vertical da fonte sofre uma desaceleração durante o seu movimento. Por fim, aplicou-se uma análise estatística descritiva, através do cálculo de medidas de tendência central e medidas de dispersão dos pixeis que compõe cada imagem. Verificou-se que a distribuição dos valores muda sua tendência central quando do início do evento. Antes da ocorrência da explosão os pixeis apresentam uma distribuição próxima da normal, com os valores da média e da mediana próximos um do outro. Com o início da explosão os valores da média e da mediana se distanciam, a média aumenta bem acima da mediana, indicando que a distribuição passa a apresentar uma cauda para direita. As medidas de dispersão também são alteradas com o início do evento, o desvio padrão e a diferença entre o maior e menor valor apresentam mudanças mais significativas que as do desvio mediano da mediana e o intervalo interquartil. Duas medidas que apresentam bastante sensibilidade ao aparecimento de outliers são a assimetria e a curtose, ambas mostram aumento durante a ocorrência da explosão. |