Biodegradação de atrazina estimulada por Saccharomyces cerevisiae e palha de milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Toller, Nathalia Marcon lattes
Orientador(a): Guimarães, Elisete lattes
Banca de defesa: Marchesan, Eli Danieli, Guimarães, Elisete, Düsman, Elisângela
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Francisco Beltrao
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental: Análise e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4140
Resumo: Tendo em vista os vários problemas ambientais e de saúde que o uso crescente de agrotóxicos vem causando necessário a otimização de técnicas que visem a sua rápida degradação. A atrazina (2-cloro-4-etilamino-6-isopropilamino-striazina) é um herbicida amplamente utilizado no controle de ervas daninhas, principalmente nas culturas de milho e cana-de-açúcar. Neste sentido, o presente trabalho objetiva estudar a degradação do herbicida atrazina utilizando a técnica de bioaumento, com biomassa de levedura residual da indústria cervejeira e adição de palha de milho em dois solos, um com histórico de utilização de atrazina e outro sem histórico. Outro fator a ser verificado é o tempo de degradação da atrazina em diferentes concentrações (dose recomendada - DR; triplo da DR e quíntuplo da DR), dessa forma foi elaborado um planejamento fatorial com três fatores e dois níveis de variação e duas repetições no ponto central. Para determinar a quantidade de gás carbônico (CO2) liberado durante os ensaios, o qual reflete a atividade da microbiota do solo responsável pela degradação de compostos orgânicos, foi utilizada a técnica da respiração basal do solo. Outra análise realizada foi a espectroscopia de infravermelho médio com transformada de Fourier (FTIR) a fim de verificar a mineralização do nitrogênio dos grupos aminas. E, para verificar a degradação da atrazina ao longo do experimento (início, 7, 14 e 63 dias) realizou-se a análise de cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas. O solo agrícola utilizado no experimento apresentou melhores resultados em comparação ao solo sem histórico de utilização de atrazina. Os níveis máximos de biomassa de levedura produziram melhores resultados em relação a variável resposta evolução de CO2. Já o fator palha de milho atuou de maneira mais branda, indicando que maiores adições deste material podem estar relacionadas às características do solo e, proporcionam maior sorção da atrazina, com a consequente menor biodisponibilidade para os microrganismos degradantes. Em todos os ensaios realizados ocorreu a redução de mais de 55 % dos níveis de concentração de atrazina nos primeiros sete dias, sendo que, em oito dos ensaios, essa redução chegou a mais de 72 %. Assim, os resultados demonstraram que a biomassa de levedura associada à palha de milho tem potencial em estimular a degradação da atrazina no solo.