A “mulher do futuro” em periódicos brasileiros: vestuário e decoração como tecnologias de gênero (1960 e 70)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bostelmann, Pamela lattes
Orientador(a): Santos, Marinês Ribeiro dos lattes
Banca de defesa: Queluz, Marilda Lopes Pinheiro, Silva, Joana Mello de Carvalho e, Guimarães, Ana Lúcia Santos Verdasca, Santos, Marinês Ribeiro dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2664
Resumo: O imaginário mobilizado pela corrida espacial no segundo período pós-guerra instigou a criação de um repertório visual que logo tornou-se fonte de inspiração em diversos campos da produção cultural. Neste trabalho tenho por objetivo discutir a construção da figura da “mulher do futuro” mediante a articulação entre as produções filiadas a esse imaginário no vestuário e na decoração de interiores. O recorte de estudo abarca as décadas de 1960 e 1970 e está centrado nas representações de interiores domésticos divulgados pela revista Casa & Jardim e nos editoriais e anúncios publicitários de vestuário divulgados pelas revistas Claudia e Manequim. Esses títulos colocaram em circulação uma série de recursos imagéticos e textuais que evidenciam aspectos do comportamento social da época, servindo como base para a investigação das novas representações de feminilidades que surgiram naquele período. A escolha por privilegiar a articulação entre decoração de interiores e vestuário se justifica pela relação historicamente construída entre essas materialidades e o corpo feminino, caracterizando-se como parte integrante na construção de identidades de gênero, classe e geração. Com esse trabalho pretendo evidenciar que as materialidades dos interiores domésticos e do vestuário inspirados pela iconografia espacial atuavam como dispositivos que criavam e reforçavam noções de feminilidades em diálogo com o processo de modernização da sociedade brasileira em curso.