Espaços alternativos de organização do trabalho: tensionamentos sobre a racionalidade na arte de rua
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27080 |
Resumo: | Este estudo tem por objetivo geral compreender como se dá a relação entre a racionalidade e a organização do trabalho no contexto da arte de rua. Especificamente busca descrever aspectos da racionalidade presentes em cada artista, descrever o modo de organizar o trabalho dos entrevistados e analisar a relação da racionalidade com a forma de organização do trabalho, no contexto da arte de rua. O objeto de deste estudo é a forma de organização do trabalho, à luz das racionalidades dos artistas: Ademir Antunes; Eduardo Marinho; Markos Paullo e Leonir Carvalho de Lima, os quais se aproximam das características das formas de trabalho não convencionais, portanto, distintas do modelo organizacional dominante. Trata-se de uma pesquisa narrativa, de estratégia qualitativa, de orientação indutiva e propósito descritivo exploratório. Primeiramente apresentou-se os pesquisados e suas respectivas trajetórias, descreveu-se aspectos que levaram cada artista a abandonar o modelo convencional de trabalho e aderir ao trabalho no espaço da rua. Abordou-se também sobre a racionalidade do trabalho na arte de rua e como ela se revela na forma como os artistas organizam seus respectivos trabalhos. Em seguida os dados foram analisados sob forma comparativa, com base nas principais evidências encontradas. O estudo apresentou também relações entre a racionalidade e a organização do trabalho na arte de rua e finalmente promoveu uma discussão com a teoria. Buscou-se embasamento teórico nos estudos críticos da administração, os quais questionam o predomínio do modelo organizacional dominante, como tipo ideal, sobretudo, diante do atual cenário de crise do trabalho, haja vista a notória insuficiência e contradições do modelo organizacional dominante, diante das desigualdades sociais. Os resultados permitem vislumbrar a rua como espaço de produção, pela qual é possível a busca por formas alternativas de organização do trabalho, neste caso especificamente, por meio da arte, a partir da racionalidade que conduz à mudança e orienta valores como a liberdade, aprendizagem, reconhecimento, autoestima e satisfação e que se revela na forma de organizar o trabalho, por meio da autonomia e autenticidade. Cabe, porém, ressaltar que não existem evidências que indiquem a dominância de um ou outro tipo de racionalidade que caracterize o trabalho na arte de rua, assim como não existem padrões, técnicas e /ou modelos a serem seguidos, portanto, não se pode reduzir o trabalho na rua a um significante. Desta forma pode se concluir que a rua é um espaço alternativo de trabalho que revela diferentes formas de racionalidades, seja pela relação instrumental ou substantiva, por meio do tensionamento das diversidades entre essas relações. |