Sustentabilidade na gestão de recursos hídricos: avaliação do cenário nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pozza, Cassiane Bayerl lattes
Orientador(a): Oliveira, Gilson Adamczuk lattes
Banca de defesa: Oliveira, Gilson Adamczuk lattes, Lima, Jose Donizetti De lattes, Marçal, Rui Francisco Martins lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4526
Resumo: O objetivo desse trabalho foi analisar quais as práticas sustentáveis utilizadas no setor de abastecimento público de água nas companhias de saneamento no Brasil. Além disso, verificou-se se as companhias realizam o acompanhamento dessas práticas por meio de indicadores de desempenho que expressem as dimensões do triple bottom line. Para isso, foi realizada uma revisão de literatura sobre o gerenciamento sustentável dos recursos hídricos e conceitos da pegada hídrica, alternativas sustentáveis de abastecimento e indicadores de desempenho sustentável. Para análise inicial foram avaliadas duas empresas de abastecimento do Sul do Brasil. Como modelo de indicadores foi utilizado o Painel de Indicadores da Sabesp, que aborda os indicadores operacionais, ambientais, econômicos e sociais. Foi analisado se as práticas sustentáveis abordaram os índices econômicos, sociais e ambientais. Para a conclusão do estudo foi realizada a análise com as 27 Companhias de saneamento do Brasil, as quais representam 78,1% do abastecimento no Brasil, utilizando um instrumento de evidenciação com variáveis dicotômicas, com ênfase nas ações de sustentabilidade e os indicadores disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). As estatísticas descritivas mostraram que as empresas possuem em média 6,5 ações de sustentabilidade com coeficiente de variação 59,32%, entre as companhias, apenas dois estados atenderam com pontuação de 12 a 14 ações: São Paulo e Paraná, tendo destaque para a região Sudeste onde houve a crise hídrica de 2015. Os indicadores econômicos apresentaram coeficiente de variação superior a 150%, essa variação demostra a variabilidade das empresas quanto as formas de arrecadação. Os indicadores operacionais relativos aos dados de produção e distribuição de água apresentaram coeficiente de variação elevados, assim, o resultado mostra a expressiva diferença em termos de volume produzido entre companhias. Por análise de correlação de Spearman investigou-se a relação entre as ações de sustentabilidade e os indicadores operacionais, ambientais, econômicos e sociais. As ações de sustentabilidade e os indicadores ambientais apresentaram correlação significativa moderada negativa e os indicadores econômicos apresentaram correlação significativa moderada positiva. Portanto, as correlações sugerem que as ações evidenciadas não estão refletindo em resultados satisfatórios do ponto de vista sustentável, somente os indicadores econômicos atenderam. Ao avaliar as perdas no processo produtivo e na distribuição do abastecimento das companhias verificou-se que é um fator crítico, pois apresentaram percentuais elevados afetando assim, as ações de sustentabilidade indicando que as ações de sustentabilidade não é uma prática ainda preponderante em todas as companhias.