Influência de adições minerais e aditivo impermeabilizante interno no desempenho de telhas protendidas pré-fabricadas em concreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Patricia Ribeiro da
Orientador(a): Cerri, José Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/317
Resumo: Com o surgimento da tecnologia da pré-fabricação, a construção civil tem adquirido elevada agilidade, reduzindo os prazos de construção e maior qualidade no controle de execução. Dentre as diversas peças pré-fabricadas, a telha em concreto protendido autoportante tem por característica cobrir vãos de até 25 m, sem a existência de estrutura de apoio intermediária. Sendo um produto esbelto, exige um aprimoramento constante para aumentar a durabilidade da estrutura quanto à corrosão da armadura e manter sua adequação ao uso. O objetivo desse trabalho é reduzir a permeabilidade das telhas pré-fabricadas, além de analisar a influência desse parâmetro na durabilidade do concreto frente às classes de agressividade da norma NBR 9062/2006. A norma estabelece um fator a/c máximo de 0,45 e resistência característica à compressão mínima de 40 MPa, enquadrando-se como classe de agressividade ambiental II - Urbana. Para tal, foram escolhidas algumas adições minerais existentes na região da grande Curitiba (metacaulim e filler), além de um aditivo impermeabilizante interno, comparando com o traço de referência preexistente em linha de produção. As dosagens foram definidas com base no empacotamento de partículas e caracterizadas quanto à resistência mecânica à compressão, absorção de água por imersão e por capilaridade e, penetração de água sob pressão, além dos ensaios de porosimetria por intrusão de mercúrio (PIM), carbonatação e penetração de íons cloreto. Em termos de resistência mecânica à compressão, a dosagem referência apresentou os melhores resultados (em função da menor relação água/cimento e maior consumo de cimento), seguido pelo concreto com aditivo impermeabilizante e com metacaulim. Para a absorção de água, todas as dosagens apresentaram-se como concretos duráveis, com destaque para o metacaulim e filler+aditivo impermeabilizante. Quanto à absorção capilar, todas as dosagens apresentaram baixa permeabilidade. Para a penetração de água sob pressão todas se apresentam como impermeáveis em condições agressivas, com destaque para o uso do metacaulim e do aditivo impermeabilizante. O ensaio de PIM mostra que a dosagem com filler possui uma concentração maior de poros e que a dosagem com metacaulim apresenta o menor diâmetro máximo de poros, com uma tendência ao refinamento em diâmetros menores. Quando analisado o resultado de carbonatação, o metacaulim apresentou o melhor resultado, possibilitando um menor cobrimento da armadura para uma vida útil de 50 anos. Quanto à penetração de cloretos, a dosagem com metacaulim, apresentou uma redução maior em relação às demais dosagens pela sua atividade pozolânica, contribuindo para a durabilidade do concreto. Em linhas gerais, é possível melhorar a impermeabilidade do concreto com o acréscimo de 8% do metacaulim sobre o peso do cimento, ainda com uma redução de 5,2% de cimento, com bons resultados também para o uso de 1% de aditivo impermeabilizante. Quanto à durabilidade, a otimização da curva granulométrica dos agregados e o uso do metacaulim possibilitam a utilização de telhas pré-fabricadas em regiões de classe de agressividade III - Industrial ou Marinha, observando o cobrimento mínimo da armadura.