Desenvolvimento socioambiental do Assentamento Oito de Junho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cezimbra, Elemar do Nascimento
Orientador(a): Corona, Hieda Maria Pagliosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/673
Resumo: No Brasil já existem vários estudos sobre impactos de assentamentos da reforma agrária de diferentes regiões do país. Este estudo visa perceber os resultados sociais econômicos e ambientais de um assentamento de reforma agrária, na segunda região considerada mais pobre do Paraná, a região da Cantuquiriguaçu, situada no centro sul do Estado e que tem Laranjeiras do Sul como cidade polo. Uma região considerada pouco desenvolvida, por isso incluída nas políticas de desenvolvimento do governo federal como território da cidadania, onde deve-se efetuar mais investimentos públicos para equilibrar com o desenvolvimento das demais regiões. Começa-se por fazer um breve recorrido histórico sobre a ideia de desenvolvimento que surge após a segunda Guerra Mundial, como preocupação com a situação do não desenvolvimento dos países do terceiro mundo. É um conceito formulado nos países ricos, em especial nos EUA e desde esta percepção se articula todo um conjunto de instituições e políticas para levar o desenvolvimento aos países pobres. São feitas críticas a essa proposição, e a maneira como se percebe o desenvolvimento e a pobreza nos países do terceiro mundo, de onde surgem teorias que mostram e desnudam os laços entre desenvolvimento e subdesenvolvimento ou pobreza ou até da impossibilidade de desenvolvimento nos marcos dos controles do imperialismo, que surge com a concentração e centralização de capitais após o desenvolvimento industrial em grandes empresas dos países centrais do capitalismo, que subordinam os demais países. Busca-se mostrar como o desenvolvimento, na lógica proposta, chegou ao campo, no que se convencionou chamar Revolução Verde, com todos os problemas sociais, ambientais e econômicos, que provocou, modernizando e esvaziando o campo de forma “dolorosa”. Na atual fase da modernização, com as crescentes crises do capitalismo de forma generalizada, o termo desenvolvimento adquire formatos diversos e é proposto em diferentes escalas, evoca participação democrática, abre-se para as questões ambientais e sociais, etc. Os críticos em geral não avalizam estas proposições que querem controlar os processos sociais, mas põem-se do lado do multivariado campesinato e agricultura familiar, que emergiram nos últimos anos como sujeitos importantes, resistindo à exclusão, buscando alternativas ao projeto do capital. Para poder dialogar e definir posições ou caminhos, foi escolhido o Assentamento Oito de Junho, em Laranjeiras do Sul, para ver os resultados da reforma agrária nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. E desde os resultados apurados tecer uma reflexão sobre as condições em que vivem as pessoas, se estão satisfeitas e se se pode tomar esta situação como uma perspectiva para o desenvolvimento do campo na ótica do campesinato. Também se procura inferir da situação apresentada, sobre a importância da reforma agrária e sua atualidade como solução para os pobres do campo e a contribuição social para o desenvolvimento do entorno municipal e regional e como tal para o país.