Microclima e qualidade de forragens em sistema silvipastoril agroecológico em função do tempo de repouso do pastejo e sombreamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Militão, Érica Rui lattes
Orientador(a): Vieira, Frederico Márcio Corrêa lattes
Banca de defesa: Vieira, Frederico Márcio Corrêa, Assmann, Tangriani Simioni, Wagner Júnior, Américo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2458
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar os diferentes níveis de sombreamento no sistema silvipastoril agroecológico e sua influência nos aspectos microclimáticos e qualitativos da pastagem polifitica. O experimento foi realizado no Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), no município de Pinhais/PR, no período de dezembro de 2015 a julho de 2016 e setembro de 2016, totalizando nove meses de avaliações. Foram utilizados oito piquetes com média de 898,75 m², composto por sistema silvipastoril com diferentes espécies arbóreas dispostas em linhas simples com pastagem polifitica. Os registros dos dados microclimáticos foram realizados um dia por mês em três faixas de horários diferentes, a saber: das 8h às 10h, 12h às 14h e das 16h às 18h. Em cada piquete foi estabelecido três posições de coleta denominadas faixas, dentro destas foram determinados três níveis de sombreamento visual (sob a copa das árvores, intermediário e a pleno sol), as variáveis microclimáticas analisadas foram: iluminância (lux), temperatura do ar (°C), umidade relativa (%), velocidade do vento (m s-1), medidos a 20 cm do solo, e temperatura superficial do solo (°C), mensurada com mira a laser direcionado para a camada superficial. As coletas referentes à forragem foram realizadas nos meses de dezembro de 2015 a abril de 2016 e junho, julho e setembro de 2016. Dentro de cada piquete foram coletadas nove amostras de forragem, referentes às faixas e níveis de sombreamento, descritas anteriormente, e cortadas rente ao solo. As amostras foram pesadas e separadas em gramíneas, leguminosas e espontâneas, em seguida foram fracionadas em folhas, colmos (pseudocolmos) e material morto para a determinação dos componentes botânicos. Para as avaliações bromatológicas os componentes folhas e colmo (pseudocolmos) foram unidos em uma mesma amostra, a fim de determinar a matéria seca, proteína bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido. Os resultados microclimáticos mostraram interação entre horas e pontos para iluminância e temperatura superficial do solo, de modo geral para as duas variáveis obtiveram menores valores sob a copa das árvores; as maiores diferenças foram encontradas na faixa de horário das 12h às 14h, entre o ponto de coleta sob a copa das árvores e a pleno sol. A temperatura do ar e a umidade relativa do ar obtiveram diferenças entre as horas com valores de temperatura do ar menores e umidade do ar maior, ambas na faixa das 8h às 10h. A velocidade do vento foi maior na faixa de horário das 12h às 14h. Os resultados obtidos para pastagem mostram, de modo geral, que as gramíneas apresentaram modificações em respostas ao sombreamento, com proporções de folha, relação folha/colmo, proteína bruta e matéria seca maiores no ponto de coleta sob a copa das árvores.