Judicialização do acesso a medicamentos e políticas públicas: um estudo de caso do estado do Paraná de 2018 a 2020
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31427 |
Resumo: | A efetivação do direito à saúde no âmbito do SUS, baseado no princípio de equidade e universalidade, se dá por meio da combinação de políticas públicas, ações e serviços de saúde disponibilizados à população, incluindo a assistência farmacêutica e a formulação da política de medicamentos. A garantia do direito à saúde é uma condição essencial para assegurar o direito à cidade, enquanto dimensão do direito social, estabelecendo-se assim a relação de interdependência entre ambos. A problemática que esta pesquisa se propõe a responder consiste em buscar identificar se a judicialização pode ser entendida como um mecanismo para contornar a política pública de saúde para a obtenção de medicamentos que não estão contemplados ou se a sua utilização é a via de concretização da universalidade e equidade a que ele se propõe. Para tanto, estabeleceu-se como objetivo analisar os dados da judicialização do acesso a medicamentos no Paraná, entre os anos 2018 e 2020, caracterizando-os quanto ao registro na ANVISA, avaliação pela CONITEC e como estão distribuídos regionalmente. Trata-se de pesquisa qualitativa, voltada a identificar os principais medicamentos pleiteados judicialmente contra o Paraná (com ou sem outros entes no polo passivo), os valores despendidos com a sua aquisição e a distribuição em âmbito regional; pesquisa descritiva e bibliográfica contemplando o direito à saúde e a sua interrelação com direito à cidade, a judicialização para acesso a medicamentos e os mecanismos que envolvem a incorporação de medicamentos no SUS. Como resultado, destaca-se o crescimento exponencial em relação aos valores despendidos com judicialização de medicamentos no estado, sendo os mais demandados aqueles que pertencem à classe terapêutica dos antineoplásicos, com indicação para tratamento de diversos cânceres, portanto, medicamentos oncológicos. Por fim, considera-se que identificar as principais características da judicialização do acesso a medicamentos no âmbito estadual é importante, pois pode instrumentalizar os gestores que atuam diretamente com políticas públicas voltadas à assistência à saúde para a tomada de decisões, além de trazer à discussão o relevante papel do judiciário no contexto da saúde pública. |