Educação ambiental critica: leitura da paisagem como aporte na formação continuada da rede municipal

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Guimarães, Juliana
• Orientador(a): Mello, Nilvania Aparecida de
• Banca de defesa: Campos, Jose Ricardo da Rocha , Mello, Nilvania Aparecida de , Leme, Rosana Cristina Biral
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Pato Branco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Plantas comestíveis; Educação ambiental; Ciência do solo; Freire, Paulo, 1921-1997; Plants, Edible; Environmental education; Soil science
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA
• Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27204

A crise ambiental vivenciada atualmente atingiu níveis acentuados e preocupantes. Frente a essa realidade, faz-se necessário desenvolver ações que visem à incorporação da Educação Ambiental Crítica nas instituições de ensino, propondo estratégias para mitigar os problemas socioambientais. A Educação Ambiental Crítica é fundamental, pois oportuniza a possibilidade da transformação social, a qual tem como pressuposto teórico Paulo Freire. Esse processo educativo precisa estar pautado na dialogicidade, interdisciplinaridade, emancipação, autonomia, criticidade, contextualização e problematização da realidade socioambiental. Com isso, destaca-se a relevância da utilização de ferramentas que façam parte do cotidiano dos indivíduos para que, por meio disso, ocorra uma aproximação do indivíduo aos problemas com os quais ele convive, possibilitando o desenvolvimento de uma postura crítica perante sua realidade. Enfatiza-se aqui a importância da formação continuada dos professores, no sentido de formar agentes multiplicadores, que assumam a responsabilidade de passar adiante o conhecimento, na perspectiva da Educação Ambiental Crítica, fortalecendo assim as bases da coletividade, a fim de reduzir o nível de desinformação da população e consequentemente mudar e ampliar conhecimentos, bem como, as atitudes em relação ao ambiente. O objetivo geral desta pesquisa foi identificar a contribuição da Educação Ambiental Crítica utilizando como ferramenta a leitura da paisagem na formação continuada de professores da Rede Municipal de Ensino. A metodologia utilizada tratou-se de uma pesquisa-ação, tendo como instrumento de coleta de dados questionários estruturados, por meio do aplicativo Google Forms, seguida da aplicação de oficinas pedagógicas para o aperfeiçoamento da prática pedagógica dos docentes participantes e, por fim, a elaboração de material de apoio, no formato de sequências didáticas. Neste estudo foi utilizada a técnica da leitura da paisagem a partir da abordagem francesa, que integra vários conhecimentos, instigando o indivíduo a analisar, conhecer e entender as relações ambientais do meio em que vive, objetivando a apropriação do conhecimento de maneira contextualizada, integradora, crítica e emancipatória. A leitura da paisagem simplificada foi sistematizada nas seguintes etapas: (1) leitura do ambiente para o reconhecimento de Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc); (2) dedução das características e condições do solo existente nesse espaço; (3) discussão sobre o ambiente e a importância dele, de maneira crítica, possibilitando a prática da Educação Ambiental. O estudo ocorreu no município de Clevelândia-PR, entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2021 e contou com dezesseis professores participantes, da Rede Municipal de Ensino. Após a participação nas oficinas pedagógicas observou-se, com base nos dados coletados, que houve a incorporação dos princípios fundamentais da Educação Ambiental Crítica, pois os participantes demonstraram avanços expressivos em relação às temáticas abordadas nas oficinas. Os docentes compreenderam as Panc, o solo e eles mesmos como integrantes da paisagem, perceberam a importância do processo de formação continuada e reconheceram-se como agentes multiplicadores, com isso pode-se afirmar que tais resultados implicam em melhorias na qualidade de vida, no processo de ensino e aprendizagem e contribuem para a mitigação dos problemas socioambientais.