Fanon, o reconhecimento do negro e o novo humanismo: horizontes descoloniais da tecnologia
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/492 |
Resumo: | O presente trabalho toma como referência a problemática e obra que constituem o pensamento de Frantz Fanon sobre colonialismo e descolonização. A reflexão atenta para as dimensões epistêmicas que perpassam a obra daquele autor e suas possibilidades para a análise da tecnologia e da educação tecnológica. Este estudopretende, no todo, avaliar, nos discursos que tecem a narrativa dos arquivos-Fanon, condicionantes que assujeitam o negro numa ordem inferior de subjetivação, restringindo-lhe a apropriação da ciência e da tecnologia, rumo à configuração de novos discursos e práticas sociais alternativas. São relatadas observações de Fanon sobre a relação do povo argelino com os saberes, produtos e profissionais de ciência e tecnologia, durante a guerra de libertação. Tais observações permitem sugerir que Fanon teria sido um dos precursores dos Estudos CTS - estudos da ciência e da tecnologia do ponto de vista dos interesses sociais. A análise das categorias do reconhecimento e a noção do novo humanismo pretendido por Fanon são alinhadas a seis categorias sustentadoras da filosofia da libertação e da poiesis – filosofia da produção – tendo em vista um design tecnológico descolonizado. As evidências recolhidas são confrontadas com códigos que marcam racialmente a educação tecnológica no Brasil, em detrimento do negro. Finaliza com breves considerações, sugerindo novos estudos sobre os temas aqui levantados. |